Pacientes com câncer de ovário resistentes à terapia com platina foram aleatoriamente agrupadas para receber quimioterapia isolada (CT), ou com a adição de bevacizumabe (BEV -CT) e a reportar sua avaliação. Este foi o objetivo secundário do estudo AURÉLIA, que apresentou seus resultados em artigo publicado no Journal of Clinical Oncology (vol. 32, nº 13).
A quimioterapia com agente único é hoje o tratamento padrão no câncer de ovário resistente à platina. O estudo AURELIA, o primeiro ensaio clínico randomizado que combinou bevacizumabe à quimioterapia padrão em pacientes com doença refratária, publicou no JCO os resultados da investigação de fase III (vol. 32, nº 13).
Os resultados do estudo clínico conduzido por investigadores do Dana- Farber Cancer Institute foram decisivos para embasar a decisão do Food and Drug Administration (FDA) de aprovar a primeira droga alvo molecular como tratamento de segunda linha no câncer de estômago avançado ou câncer de junção gastroesofágica.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica apresentou os resultados de uma revisão sistemática para fornecer recomendações baseadas em evidência sobre a terapia sistêmica em pacientes com câncer de mama com expressão positiva do receptor do fator de crescimento epidérmico humano (HER 2 positivo).
Em edição que celebrou os 50 anos da ASCO, o Journal of Clinical Oncology publicou um artigo sobre os grandes avanços clínicos que marcaram época no tratamento do câncer do pulmão. Entre os estudos que fizeram história, o trabalho liderado por Mauro Zukin (foto), do INCA, ganhou posição merecida. “Escrevemos nosso nome na história da oncologia mundial”, resume Zukin.
O medicamento ceritinib (Zykadia), da Novartis, foi aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento do câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) com expressão positiva para ALK que progrediu ou é intolerante ao tratamento com crizotinibe (Xalkori). O CPNPC responde por cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão, sendo que o subtipo com expressão do ALK está presente em 2% a 7% desses pacientes.
Uma droga experimental identificada como PV-10 demonstrou papel importante na redução das células de melanoma e foi um dos destaques do encontro anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR), realizado em San Diego, Califórnia, de 5 a 9 de abril.
O AC Camargo Cancer Center mantém em São Paulo uma iniciativa que pretende fomentar a formação de especialistas na área de patologia oncológica. Inaugurada no último dia 28 de março, a Escola de Patologia Oncológica Avançada Humberto Torloni (EPOAHT) é aberta a patologistas, pesquisadores, professores, estudantes de pós-graduação, médicos residentes e pessoal técnico, com a proposta de garantir a atualização tão necessária.
Um grupo multicêntrico francês liderado por Fabrice André, do Gustave Roussy Cancer Center, em Paris, apresentou dados sobre o estudo SAFIR-O1/UNICANCER, que promete dar mais um passo importante para o desenvolvimento de novas drogas alvo-molecular no tratamento do câncer de mama. O trabalho foi publicado no Lancet Oncology.
Novas recomendações da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) para a biópsia de linfonodo sentinela em pacientes em estadio inicial de câncer de mama foram publicadas dia 24 de março no Journal of Clinical Oncology. O guideline não era atualizado desde sua publicação inicial, em 2005.
Um artigo publicado na edição de 6 de março do New England Journal of Medicine trouxe o resultado de um seguimento de longo prazo, realizado por pesquisadores do Hospital da Universidade de Uppsala, na Suécia, que mostrou uma redução substancial na mortalidade de pacientes com câncer de próstata localizado submetidos à prostatectomia radical versus aqueles acompanhados com vigilância ativa.
As mulheres com mutações de BRCA enfrentam uma difícil decisão: submeter-se ou não a uma ooforectomia profilática, e quando isso deve acontecer. Estudos já mostraram que a cirurgia preventiva de ovário reduz o risco de desenvolver câncer de mama e de ovário em mulheres com mutações BRCA1 ou BRCA2.
O teste genético pode ajudar a direcionar as recomendações de tratamento e manejo do paciente com câncer. Testar pacientes com câncer de pulmão para mutações EGFR, por exemplo, pode orientar o uso das terapias-alvo e transformar o cuidado. A utilização dos testes genéticos em larga escala para pacientes com câncer esbarra em questões que vão além da discussão sobre efetividade e custo. Estudo publicado em março na edição online do Journal of Clinical Oncology mostra que até mesmo alguns oncologistas da Harvard não estão preparados para a sua aplicação clínica.
Um estudo apresentado no 72º Encontro Anual da American Academy of Dermatology mostrou que o teste de diagnóstico que utiliza perfis de expressão genética pode ajudar a estabelecer quais tumores de melanoma cutâneo primário têm mais tendência a metastatizar.
Os resultados do estudo randomizado de fase III MITO 7, publicado no Lancet Oncology, sugerem que a administração semanal do regime de quimioterapia com carboplatina e paclitaxel no tratamento do câncer de ovário foi associada a menor toxicidade, com benefícios na qualidade de vida. Esta descoberta pode representar uma nova opção como primeira linha, especialmente para mulheres com doença avançada.
Benedito Mauro Rossi (foto), do Grupo de Estudo de Tumores Hereditários (GETH) e presidente da International Society for Gastrointestinal Hereditary Tumours, apoia a recomendação do NCCN para a triagem para a síndrome de Lynch. “Sou totalmente favorável ao rastreamento universal para a Síndrome de Lynch, em pacientes portadores de câncer colorretal”, diz o especialista. “Seria muito interessante do ponto de vista de prevenção e também científico, por várias razões, inclusive porque ninguém sabe ao certo qual a prevalência da síndrome na população, ainda mais no Brasil, com toda a miscigenação de etnias”, completa Rossi.
O Journal of Clinical Oncology publicou na edição de 14 de abril três linhas de conduta com recomendações para lidar com alguns dos sintomas mais comuns do adulto sobrevivente de câncer. Os guidelines da ASCO contemplam prevenção e manejo da neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ), fadiga e, finalmente, depressão e ansiedade, temas que inauguram uma série especialmente dedicada ao seguimento do paciente oncológico que já completou o tratamento primário.
A Pfizer anunciu os resultados do estudo PALOMA-1, randomizado, fase 2, que avaliou o medicamento palbociclib (PD-0332991) em combinação com o letrozol para o tratamento de mulheres na pós-menopausa com câncer de mama localmente avançado ou metastático receptor de estrogênio positivo (ER +), HER2-.
Pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Goiás, liderados por Carolina Gonzaga e Ruffo de Freitas Júnior, realizaram um estudo para avaliar as tendências da mortalidade por câncer de mama em centros urbanos e áreas rurais do Brasil. O resultado mostra profundas iniquidades na atenção oncológica, com disparidades na mortalidade por câncer de mama encontradas em todo o país.
De acordo com as novas recomendações publicadas pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), os oncologistas devem enfatizar a pesquisa cuidadosa do histórico familiar de câncer. Publicadas no Journal of Clinical Oncology, as recomendações são as primeiras a se concentrar na história familiar em oncologia para ajudar a determinar o risco genético pessoal dos pacientes, identificar de forma mais eficaz aqueles com predisposição ao câncer hereditário e determinar estratégias de tratamento individualizado com base em seu status genético.