07052024Ter
AtualizadoSeg, 06 Maio 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

IMRT hipofracionada no câncer cervical

Estudo randomizado relatado por Kyung et al. no Jama Ocology mostra que a irradiação pélvica pós-operatória, usando IMRT hipofracionada com 40 Gy em 16 frações, combinada com quimioterapia concomitante foi segura e bem tolerada em mulheres com câncer cervical. Na população avaliada, a taxa de sobrevida livre de doença em 3 anos foi de 79,3% e a taxa de sobrevida global alcançou 98,0%.

O estudo POHIM-CCRT (radioterapia hipofracionada com intensidade modulada pós-operatória com quimioterapia concomitante no câncer cervical) foi concebido como um ensaio multicêntrico, de fase 2, não randomizado, controlado, que inscreveu e acompanhou pacientes de 1º de junho de 2017 até 28 de fevereiro de 2023. No total, 84 pacientes foram inscritos em 5 instituições afiliadas ao Grupo Coreano de Oncologia de Radiação. Foram elegíveis pacientes com metástases linfonodais, invasão parametrial ou margens de ressecção positivas após histerectomia radical para tratamento de câncer cervical.

A intervenção consistiu em radiação pélvica pós-operatória usando IMRT hipofracionada com 40 Gy em 16 frações para toda a pelve, combinada com quimioterapia concomitante. O desfecho primário foi a incidência de efeitos tóxicos agudos de grau 3 ou superior no trato gastrointestinal, geniturinário e hematológico (com base nos Critérios de Terminologia Comum para Eventos Adversos do Instituto Nacional do Câncer, versão 4.0) durante a RT ou dentro 3 meses após a conclusão do RT.

Os resultados publicados no Jama Oncology mostram que 79 pacientes compuseram a base de análise. A idade mediana (IQR) dos pacientes foi de 48 (42-58) anos e o tamanho mediano (IQR) do tumor foi de 3,7 (2,7-4,5) cm. Desses pacientes, os autores descrevem que 31 (39,7%) apresentaram metástases linfonodais, 4 (5,1%) tiveram margens de ressecção positivas e 43 (54,4%) tiveram invasão parametrial.

Em relação à segurança, efeitos tóxicos agudos de grau 3 ou superior ocorreram em 2 pacientes (2,5% [IC 90%, 0%-4,8%]). Após um seguimento mediano (IQR) de 43,0 (21,1-59,0) meses, a taxa de sobrevida livre de doença em 3 anos foi de 79,3% e a taxa de sobrevida global foi de 98,0%.

“Esses achados sugerem que a irradiação pélvica pós-operatória combinada com quimioterapia concomitante usando radioterapia hipofracionada com intensidade modulada com 40 Gy em 16 frações pode ser administrada com segurança”, destacam os autores, que alertam para a necessidade de um estudo randomizado maior, de fase 3, para comparar os resultados do tratamento de quimiorradioterapia concomitante hipofracionada e fracionada convencional em pacientes com câncer cervical e os resultados de longo prazo.

Este estudo está registrado na plataforma ClinicalTrials.gov: NCT03239613

Referência: Cho WK, Park W, Kim S, Lee KK, Ahn KJ, Choi JH. Postoperative Hypofractionated Intensity-Modulated Radiotherapy With Concurrent Chemotherapy in Cervical Cancer: The POHIM-CCRT Nonrandomized Controlled Trial. JAMA Oncol. Published online April 25, 2024. doi:10.1001/jamaoncol.2024.0565


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