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AtualizadoSeg, 29 Abr 2024 9pm

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Consenso latino-americano para o câncer de cabeça e pescoço

Leandro Luongo Matos (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, é o primeiro autor das diretrizes latino-americanas para o cuidado de pacientes com câncer de cabeça e pescoço, publicadas no JCO Global Oncology. O consenso apresenta evidências do manejo do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, considerando a disponibilidade de recursos e o benefício oncológico.

O carcinoma espinocelular (CEC) de cabeça e pescoço é reconhecido como um grave problema de saúde em todo o mundo, especialmente em países de baixa renda ou com recursos limitados, como na maioria dos países da América Latina. Neste consenso, 41 especialistas em câncer de cabeça e pescoço trabalharam sistematicamente de acordo com um processo Delphi modificado para estabelecer diretrizes aplicáveis ao contexto latino-americano. 

O painel de especialistas cumpriu objetivos específicos, compreendendo (1) compilação de documentos baseados em evidências para diferentes questões contextualizadas pela disponibilidade de recursos e benefícios oncológicos em relação à América Latina (região de recursos limitados e/ou sem acesso a toda a infraestrutura necessária do sistema de saúde), (2) revisão das respostas e classificação dos níveis de evidência e graus de recomendações de todas as recomendações, (3) validação do consenso através de duas rodadas de pesquisas on-line e (4) ) composição do manuscrito.

O consenso consiste em 12 seções com 48 recomendações sobre o cuidado com o paciente com CEC de cabeça e pescoço, tipo histológico responsável por mais de 90% dos casos de câncer de cabeça e pescoço.

O tabagismo, o abuso de álcool e a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) continuam sendo os fatores de risco mais relevantes. Os autores destacam que cavidade oral, faringe e laringe são os subsítios mais prevalentes da doença, com altas taxas de incidência em todo o mundo.

“A principal contribuição desse consenso é auxiliar os profissionais que trabalham com poucos recursos em promover um tratamento de qualidade mesmo nessas situações", destaca Luongo.

As diretrizes têm participação de Luiz Paulo Kowalski, Aline Lauda Freitas Chaves, Thiago Bueno de Oliveira, Gustavo Nader Marta, Maria Paula Curado, Gilberto de Castro Junior, Terence P. Farias, Gustavo Sarria Bardales, Mario Avila Cabrera, Renato de Castro Capuzzo, Genival Barbosa de Carvalho, Claudio Roberto Cernea, Rogério Aparecido Dedivitis, Fernando Luiz Dias, Andrés Munyo Estefan, Agustin Horacio Falco, Gustavo Alberto Ferraris, Alejandro Gonzalez-Motta, Andre Guimarães Gouveia,Alexandre Arthur Jacinto, Marco Aurelio Vamondes Kulcsar, Ana Kober Leite, Renan Bezerra Lira, Milena Perez Mak, Pedro De Marchi, Evandro Sobroza de Mello, Fátima Cristina Mendes de Matos, Pablo H. Montero, Eduardo Dias de Moraes, Fabio Ynoe de Moraes, Diego Chaves Rezende Morais, Fernando Miguel Poenitz, Adela Poitevin, Hernán Ortiz Riveros, Álvaro Sanabria, Miguel Ticona-Castro, José Guilherme Vartanian, Gustavo Viani, Eugenio F. Vines, William Nassib William Junior, David Conway, Shama Virani e Paul Brennan.

A íntegra do Consenso está disponível em acesso aberto.

Referência: Leandro Luongo Matos et al., Latin American Consensus on the Treatment of Head and Neck Cancer. JCO Glob Oncol 10, e2300343(2024). DOI:10.1200/GO.23.00343

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