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AtualizadoDom, 28 Abr 2024 12pm

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Daichii Sankyo

 

A revolução teranóstica no câncer de próstata

prostata 21 2 bxNos últimos anos, a teranóstica ampliou as opções terapêuticas disponíveis para pacientes com câncer de próstata. Revisão de Bauckneht et al. publicada na Cancer Treatments Reviews explora este campo dinâmico e seu potencial para revolucionar a medicina de precisão no câncer de próstata.

Nesta revisão, os autores descrevem avanços que revolucionaram o tratamento do câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) e melhoraram significativamente os resultados dos pacientes na última década. “As opções sistêmicas que demonstraram benefício de sobrevida neste cenário incluem quimioterapia (por exemplo, docetaxel e cabazitaxel), inibidores de sinalização de receptores de andrógenos (por exemplo, enzalutamida e acetato de abiraterona) e inibidores de poli (ADP-ribose) polimerase (PARP) (por exemplo, olaparibe, rucaparibe e talazoparibe, especialmente em pacientes com mutações BRCA1/2)”, ilustram.

Apesar dos avanços, o mCRPC continua a ser uma doença letal, evidenciando necessidades médicas não atendidas.  É nesse contexto que Bauckneht e colegas destacam a evolução da teranóstica e mostram como essa inovação tem ampliado as opções terapêuticas disponíveis para pacientes com câncer de próstata.

“Recentemente, uma nova estratégia terapêutica - a teranóstica - implementou consistentemente o arsenal para pacientes com mCRPC. A teranóstica representa uma novidade devido ao seu mecanismo de ação sem precedentes, combinando diagnóstico por imagem, seleção molecular e terapia-alvo personalizada”, analisam.

Embora a teranóstica seja conhecida na medicina nuclear há décadas devido ao uso do radioiodo para câncer diferenciado de tireoide, somente nos últimos anos, com o desenvolvimento tecnológico dos radioligantes e da instrumentação, esse termo tornou-se amplamente utilizado.

Na prática, teranóstica refere-se à integração de radiofármacos diagnósticos e terapêuticos direcionados aos mesmos alvos moleculares. Significa que a mesma molécula pode ser marcada, primeiro com um radiofármaco diagnóstico para demonstrar/avaliar com precisão a presença de determinada doença, e, em seguida, para um radiofármaco terapêutico. “Esta integração representa a oportunidade única de otimizar a seleção de pacientes, oferecendo radioligantes terapêuticos apenas àqueles que expressam os alvos moleculares”, explicam.

Como exemplo desse avanço, a revisão destaca a aprovação de Lu-177 no tratamento do câncer de próstata metastático resistente a castração, em pacientes com expressão de PSMA (antígeno de membrana específico da próstata). “A expressão de PSMA é aumentada na presença de características agressivas, incluindo altos níveis de antígeno específico da próstata (PSA), cinética de aumento rápido de PSA, alto grau da Sociedade Internacional de Patologia Urológica (ISUP) e status de resistência hormonal”, descrevem os autores. “Assim, o câncer de próstata clinicamente relevante e altamente agressivo pode ser eficientemente direcionado por teranósticos baseados em PSMA”, analisam.

Lu-177 mostrou atividade antitumoral significativa em pacientes com CPRCm, aumentando a sobrevida livre de progressão radiográfica e demonstrando benefício de sobrevida global em comparação com o padrão de cuidados, como atestam os resultados do estudo de fase 3 VISION.

A íntegra do artigo de revisão de Bauckneht et al. está disponível em acesso aberto na Cancer Treatments Reviews.

Referência: Open AccessPublished:February 10, 2024 DOI:https://doi.org/10.1016/j.ctrv.2024.102698

Leia também: Anvisa aprova tratamento inovador com Lu-177 para câncer de próstata

 

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