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AtualizadoQui, 02 Maio 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

FDA recebe pedido de licença suplementar para amivantamab no CPCNP

pulmao 23 1A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) recebeu da farmacêutica Janssen pedido para avaliar a licença suplementar de produto biológico de amivantamabe (RYBREVANT®) em adição à quimioterapia para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação de EGFR que progrediram durante ou após osimertinibe. A submissão de amivantamabe nesse cenário de tratamento é apoiada nos resultados do estudo MARIPOSA-2, de Fase 3, apresentado no Simpósio Presidencial do ESMO 2023 (#LBA15), com publicação simultânea no Annals of Oncology 1.

Neste ensaio randomizado de Fase 3, amivantamabe mais quimioterapia mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo no endpoint primário de sobrevida livre de progressão, em comparação com quimioterapia isolada (carboplatina e pemetrexede) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com mutação de EGFR após terapia anterior com osimertinibe.

O ensaio MARIPOSA-2 (NCT04988295) é um estudo randomizado e aberto de Fase 3 que envolveu 657 pacientes para avaliar a eficácia e a segurança de dois regimes combinados de amivantamabe (com e sem lazertinibe) e quimioterapia (QT). Pacientes com CPCNP com mutação de EGFR (ex19del ou L858R) localmente avançado ou metastático que tiveram progressão da doença durante ou após o tratamento com osimertinibe foram randomizados para tratamento com amivantamabe mais QT (n=131), amivantamabe mais QT com lazertinib (n=263) ou apenas QT (n=263). O endpoint primário foi utilizado para comparar a sobrevida livre de progressão (por RECIST v1.1*) avaliada por revisão central independente e cega (BICR) para cada braço experimental com a quimioterapia isolada. Endpoints secundários incluíram resposta objetiva avaliada por BICR, sobrevida global (SG), duração de resposta (DOR), tempo até a terapia subsequente, SLP2 e SLP intracraniana.

Os resultados relatados por Passaro et al. no Annals of Oncology 1 mostram que a mediana de SLP por revisão central independente e cega foi de 6,3 meses (IC 95% 5,6-8,4 meses) para pacientes tratados com QT + amivantamabe, 8,3 meses (IC 95% 6,8-9,1 meses) com QT + amivantamabe-lazertinib e de 4,2 meses (IC 95% 4,0-4,4 meses) com QT isolada.

A SLP foi significativamente mais longa no braço de quimioterapia com amivantamabe em comparação com o braço de QT (HR para progressão da doença ou morte 0,48, IC 95% 0,36-0,64, P <0,001) e no braço de QT- amivantamabe-lazertinib em comparação com o braço de QT isolada (HR para progressão da doença ou morte 0,44, IC 95% 0,35-0,56, P < 0,001).

A taxa de resposta objetiva foi de 64% (IC 95% 55%-72%) para QT+ amivantamabe, 63% (IC 95% 57%-69%) para QT+ amivantamabe-lazertinibe e de 36% (IC 95% 30% -42%) para QT isolada. Entre os respondedores confirmados, a duração mediana da resposta foi de 6,9 meses (IC 95% 5,5 meses - não estimável) para QT + amivantamabe, 9,4 meses (IC 95% 6,9 meses - não estimável) para QT + amivantamabe-lazertinib e de 5,6 meses (95 % IC 4,2-9,6 meses) para QT isolada.

Os eventos adversos (EAs) predominantes nos regimes contendo amivantamabe foram toxicidades hematológicas, relacionadas ao EGFR e ao MET.

No Brasil, amivantamabe (RYBREVANT®, da Janssen) tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), indicado para o tratamento de adultos com câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático com mutações de inserção do éxon 20 do gene receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR). Amivantamabe é o primeiro anticorpo totalmente humanizado, bi-específico, aprovado para o tratamento de CPCNP para essa população de pacientes com CPNP.

No Brasil, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam 18.020 novos casos de câncer de pulmão em 2023 na população masculina e 14.540 novos casos entre as mulheres. Em mortalidade, o câncer de pulmão é o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres, segundo estimativas mundiais de 2020, que apontaram no período a incidência de 2,2 milhões de casos novos, sendo 1,4 milhão em homens e 770 mil em mulheres. 

Referência: Published:October 23, 2023. DOI:https://doi.org/10.1016/j.annonc.2023.10.117

 

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