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AtualizadoSex, 10 Maio 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

Planejamento de cuidados oncológicos, barreiras e limites

Paliativos 2017 NET OKEstudo que buscou determinar os padrões dos oncologistas clínicos sobre o planejamento de cuidados em um centro de tratamento de câncer no Canadá relatou resultados no European Journal of Cancer Care, indicando que, embora os oncologistas acreditem que é importante discutir o planejamento antecipado de cuidados com os pacientes nas primeiras consultas ambulatoriais, isso raramente ocorre.

O planejamento antecipado de cuidados é um processo contínuo, projetado para garantir que os pacientes recebam tratamento médico sempre alinhado com seus valores, objetivos e preferências. Significa revisitar continuamente os desejos futuros dos pacientes à medida que suas circunstâncias mudam, para se preparar para um possível cenário envolvendo perda de capacidade da tomada de decisão.

As diretrizes para o tratamento do câncer enfatizam a importância do planejamento antecipado de cuidados nas práticas dos oncologistas. Atualizações recentes das Diretrizes de Prática Clínica da NCCN em Oncologia apoiam o início desse planejamento em estágios iniciais da doença, quando a expectativa de vida estimada do paciente é de meses a anos. No entanto, estudos nos Estados Unidos e na Austrália relataram baixas taxas de discussões sobre o planejamento de cuidados entre oncologistas e seus pacientes no ambiente ambulatorial.

Para compreender as práticas, valores, barreiras e facilitadores atuais do planejamento antecipado de cuidados entre os oncologistas clínicos, este estudo transversal envolveu oncologistas do Ottawa Hospital Cancer Centre (TOHCC), um grande hospital acadêmico terciário em Ottawa, Ontário, Canadá. O TOHCC atende aproximadamente 1,2 milhão de pessoas, com aproximadamente 8.000 novos encaminhamentos para o centro de câncer a cada ano.

O estudo considerou um questionário com 12 questões de múltipla escolha. Dezessete dos 23 oncologistas elegíveis responderam, sendo 64% homens, 76% com mais de 16 anos de exercício profissional. Os tipos mais frequentes de câncer tratados pelos entrevistados incluíram câncer de mama (53%), pulmão (24%), gastrointestinal (24%) e geniturinário (24%).

Os oncologistas responderam que os componentes do planejamento antecipado de cuidados compreende a designação de um tomador de decisão substituto (100%), a determinação de metas de atendimento (100%), a tomada de decisões sobre a ressuscitação cardiopulmonar (94%) e a disposição de bens/finanças (88%). Os oncologistas foram mais propensos a discutir esse planejamento com pacientes curáveis versus incuráveis em 6% versus 93% das vezes. Embora 88% dos oncologistas tenham relatado que seria desejável iniciar discussões sobre ACP nas primeiras 3 consultas, apenas 29% cumpriram essa prática no cenário incurável.

As características dos pacientes que mais levaram os oncologistas a discutir o planejamento de cuidados nas primeiras 3 consultas nos ambientes curativos versus incuráveis foram idade avançada (23% vs. 59%), status de desempenho ruim (47% vs. 88%) e prognóstico curto (47% versus 88%). Os oncologistas consideraram que o momento mais apropriado para discutir o planejamento de cuidados no ambiente curativo era no início do tratamento (35%) e durante as visitas 2-3 no cenário de doença incurável (41%).  As barreiras mais comuns para discutir o planejamento de cuidados foram tempo insuficiente (71%) e muita informação para o paciente (71%).

“Embora os oncologistas clínicos acreditem que é importante discutir o planejamento antecipado de cuidados com pacientes com câncer nas primeiras consultas ambulatoriais, isso raramente ocorre devido à presença de diversas barreiras”, conclui a análise.

A íntegra do estudo está disponível em acesso aberto.

Referência: https://doi.org/10.1155/2023/3119940

 

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