03052024Sex
AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

Estudo brasileiro usa biópsia liquida como ferramenta prognóstica no câncer de pulmão

ludmila cheinEstudo brasileiro investigou de forma pioneira a associação entre a expressão da proteína CD47 em células tumorais circulantes (CTCs) e o prognóstico de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Os resultados foram publicados no International Journal of Molecular Sciences, em análise que tem a farmacêutica-bioquímica Ludmilla Chinen (foto) como autora sênior, e mostram que a expressão de CD47+ em CTCs foi associada à pior sobrevida livre de progressão.

Células tumorais circulantes (CTCs) e/ou microêmbolos tumorais circulantes (MTC) de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) podem ser uma ferramenta não invasiva para o prognóstico, agindo como biópsia líquida.

As CTCs interagem com as plaquetas através do fator de crescimento transformador-β/receptor do fator transformador de crescimento-β tipo 1 (TGF-β/TGFβRI), formando aglomerados. As CTCs também podem expressar a proteína Cluster of Differentiation 47 (CD47), responsável pela inibição da fagocitose, o sinal “não me coma” aos macrófagos.

Chinen e colegas buscaram isolar, quantificar e analisar CTCs/MTCs de pacientes com CPCNP metastático, identificar a expressão de TGFβRI/CD47 em CTCs/CTMs e correlacioná-las com a sobrevida livre de progressão (SLP).

Amostras de sangue (10 mL) foram coletadas em dois momentos: T1 (antes do início de qualquer linha de tratamento; T2 (60 dias após a coleta inicial). As CTCs foram isoladas usando tecnologia específica (ISET® - Isolation by Size of Tumor cells, Rarecells). A imunocitoquímica foi realizada para avaliar a expressão de TGFβRI/CD47.

Ao todo, foram avaliados 45 pacientes. Os autores descrevem que CTCs foram observadas em 82,2% dos pacientes em T1 (mediana: 1 CTC/mL; variação: 0,33–11,33 CTCs/mL) e em 94,5% em T2 (mediana: 1,33 CTC/mL; 0,33–9,67). MTCs foram observados em 24,5% dos pacientes e significativamente associadas a uma SLP modesta (10 meses vs. 17 meses para aqueles sem clusters; p = 0,05) e à progressão da doença (p = 0,017). Os autores descrevem que as MTCs CD47+ resultaram em baixa SLP (p = 0,041). A expressão TGFβRI em CTCs/MTCs não foi associada à SLP.

“Neste estudo, observamos que CTC/MTCs de pacientes com CPCNP expressam os marcadores de evasão imunológica TGFβRI/CD47. A presença de CD47+ em CTCs/ MTCs está associada a SLP deficiente. Este foi o primeiro estudo a investigar a expressão de CD47 em CTCs/MTCs de pacientes com CPCNP e sua associação com baixa SLP”, concluem.

Ao lado de Ludmilla Thomé Domingos Chinen como autora sênior, o estudo tem a participação de Jacqueline Aparecida Torres como primeira autora, além da coautoria dos pesquisadores Angelo Borsarelli Carvalho Brito, Virgilio Souza e Silva, Iara Monique Messias, Alexcia Camila Braun, Anna Paula Carreta Ruano, Marcilei E. C. Buim e Dirce Maria Carraro, todos do A.C. Camargo Cancer Center. Atualmente, Ludmilla é coordenadora do biobanco do HCor-Onco e pesquisadora do Hospital Amaral Carvalho.

Referência: CD47 Expression in Circulating Tumor Cells and Circulating Tumor Microemboli from Non-Small Cell Lung Cancer Patients Is a Poor Prognosis Factor

 

 

 

Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
banner_assine_300x75.jpg
Publicidade
300x250 ad onconews200519