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AtualizadoTer, 30 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

PANDORA: durvalumabe como consolidação da neoadjuvância no LARC

cancer retoEstudo que avalia a eficácia da quimiorradioterapia (CRT) seguida de durvalumabe como terapia neoadjuvante no câncer retal localmente avançado relatou resultados de fase 2, mostrando que a quimiorradioterapia padrão seguida de durvalumabe como estratégia de consolidação foi associada a uma taxa promissora de resposta patológica completa.

A quimiorradioterapia (CRT) neoadjuvante seguida de cirurgia ± quimioterapia adjuvante é o tratamento padrão do câncer retal localmente avançado (LARC, do inglês Locally advanced rectal câncer), mas parcela importante dos pacientes acaba por desenvolver recorrência à distância. Para melhorar os resultados dos pacientes, pesquisadores avaliaram o uso do tratamento de consolidação com durvalumabe após CRT neoadjuvante padrão.

Neste estudo (PANDORA) multicêntrico, prospectivo, de fase II, aberto e de braço único, o objetivo foi avaliar a eficácia e segurança do tratamento pré-operatório com durvalumabe (1.500 mg a cada 4 semanas por três administrações), após radioterapia (RT) de longo curso, mais capecitabina concomitante (5040 cGy RT em 25-28 frações durante 5 semanas e capecitabina administrada a 825 mg/m2 duas vezes ao dia). O endpoint primário foi a taxa de resposta patológica completa (pCR); endpoints secundários foram a proporção de remissões clínicas completas e segurança.

Entre novembro de 2019 e agosto de 2021, foram contabilizados 60 pacientes, dos quais 55 foram avaliáveis para os objetivos do estudo. Dois pacientes apresentaram progressão da doença durante o tratamento. Dezenove dos 55 pacientes elegíveis alcançaram pCR (34,5%, intervalo de confiança de 95%, 22,2% a 48,6%).

Em relação à toxicidade relacionada ao tratamento com durvalumabe, eventos adversos (EAs) de grau 3 ocorreram em quatro pacientes (7,3%) (diarreia, toxicidade cutânea, aumento de transaminases, aumento de lipase e pancolite). Não foi observada toxicidade de grau 4. Em 20 pacientes (36,4%), foram observados EAs de grau 1-2 relacionados a durvalumabe. Os mais frequentes foram toxicidade endócrina (hiper/hipotireoidismo), toxicidade dermatológica (erupção cutânea) e toxicidade gastrointestinal (aumento de transaminases, náusea, diarreia, constipação).

“Este estudo atingiu seu endpoint primário, mostrando que a CRT seguida de durvalumabe pode aumentar a taxa de resposta patológica completa, com perfil de toxicidade seguro”, concluem os autores, destacando que essa combinação é uma estratégia promissora e viável, que merece uma investigação aprofundada.

Nesta análise, Grassi et al. mostram que a quimiorradioterapia padrão seguida de durvalumabe como estratégia de consolidação foi associada a uma taxa promissora de resposta patológica completa (pCR). Não foram observados EAs de grau 4 e a maioria dos EAs notificados durante o tratamento com CRT e durvalumabe foram de grau 1-2.

A íntegra do estudo está disponível em acesso aberto.

Referência: Published:September 27, 2023. DOI:https://doi.org/10.1016/j.esmoop.2023.101824


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