29042024Seg
AtualizadoDom, 28 Abr 2024 12pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

Metabolômica para o diagnóstico de câncer de bexiga

fernando korkes bxO urologista Fernando Korkes (foto) é coautor de revisão sistemática publicada no Asian Journal of Urology que buscou identificar potenciais biomarcadores para o diagnóstico precoce de câncer de bexiga.

“A metabolômica tem sido amplamente utilizada na pesquisa do câncer de bexiga (BCa), empregando espectrometria de massa (MS) e espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) para comparar diversas variáveis como tecidos, soro, sangue e urina”, esclarecem os autores.

Neste estudo, os pesquisadores realizaram uma pesquisa para identificar ensaios clínicos, estudos observacionais descritivos e analíticos provenientes de bases de dados como Medline, Embase, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os critérios de inclusão compreenderam estudos envolvendo perfis de tecido de câncer de bexiga, soro, sangue ou urina usando técnicas metabolômicas amplamente adotadas, como espectrometria de massa e espectroscopia de ressonância magnética nuclear.

Os desfechos primários incluíram a descrição de metabólitos/perfil metabolômico em pacientes com câncer de bexiga e a associação de metabólitos/perfil metabolômico com o diagnóstico da doença em comparação com pacientes controle. O risco de viés foi avaliado por meio da Avaliação de Qualidade de Estudos de Precisão Diagnóstica (QUADAS-2).

Resultados

A estratégia de busca encontrou 2.832 estudos, e foram incluídos 30 estudos de caso-controle. A urina foi predominantemente usada como amostra primária para identificação de metabólitos. O risco de viés foi muitas vezes pouco claro na seleção de pacientes internados, no cegamento do teste de índice e na avaliação do padrão de referência, mas não foram observadas preocupações de aplicabilidade. Metabólitos e perfis metabolômicos associados ao diagnóstico de câncer de bexiga foram identificados no metabolismo de glicose, aminoácidos, nucleotídeos, lipídios e aldeídos. 

“O câncer de bexiga apresenta distúrbios em múltiplas vias metabólicas, principalmente aquelas envolvidas na síntese energética. Em nossa revisão, os metabólitos mais consistentes encontrados na urina foram ácido cítrico, valina, triptofano, taurina, ácido aspártico, uridina, ribose, fosfocolina e carnitina. Nas amostras de sangue, os aldeídos endógenos são destacados como potenciais biomarcadores, e nos tecidos houve aumento de ácido láctico, aminoácidos e metabólitos lipídicos”, explica Korkes, médico no Hospital Israelita Albert Einstein e Chefe do Grupo de Uro-Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

“Os resultados mais consistentes em todas as amostras (tecido, urina e soro) foram a regulação negativa do ácido cítrico e a regulação positiva do ácido láctico, valina, triptofano, taurina, glutamina, ácido aspártico, uridina, ribose e fosfocolina, que levam a considerá-los como biomarcadores do câncer de bexiga. No entanto, a aplicabilidade clínica da metabolômica no diagnóstico da doença necessita de mais estudos”, conclui.

Referência: Herney Andrés García-Perdomo, Angélica María Dávila-Raigoza, Fernando Korkes. Metabolomics for the diagnosis of bladder cancer: A systematic reviewAsian Journal of Urology, 2023, ISSN 2214-3882, https://doi.org/10.1016/j.ajur.2022.11.005.


 

Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
banner_assine_300x75.jpg
Publicidade
300x250 ad onconews200519