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AtualizadoDom, 28 Abr 2024 12pm

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Daichii Sankyo

 

Panorama multiômico traz dados inéditos sobre o câncer urotelial

bexiga 2020Análise multiômica abrangente que considerou 448 amostras de 190 pacientes com câncer urotelial ampliou a compreensão das características moleculares do carcinoma urotelial papilar e do carcinoma urotelial in situ, abrindo caminho para potenciais abordagens terapêuticas de medicina personalizada. Os resultados estão na Nature Communications.

A identificação de subgrupos moleculares de tumores oferece a possibilidade de diagnóstico e tratamento mais precisos na prática clínica. O carcinoma urotelial papilar (PUC) e o carcinoma urotelial in situ (CIS) são dois ramos distintos da progressão do câncer urotelial de bexiga, cada um exibindo características clínicas, patológicas e moleculares únicas. O PUC apresenta alta taxa de recorrência, enquanto CIS apresenta alta taxa de progressão.

Neste estudo, os pesquisadores exploraram as características distintas de PUC e CIS a partir de análises de genômica, transcriptômica, proteômica e fosfoproteômica de 448 amostras de 190 pacientes com câncer urotelial, cobrindo todo o espectro de estágios e graus da doença.

A análise de integração proteogenômica indicou que as mutações da sinalização mTOR são reguladas pelo HRAS para formar papiloma urotelial e não o câncer urotelial papilar (PUC). Os autores também revelam que o dano ao DNA é uma via de sinalização chave na progressão do carcinoma in situ (CIS) e está relacionado à assinatura APOBEC (Apolipoprotein B mRNA Editing Catalytic Polypeptide-like).

Outro achado relevante mostra que o aumento do metabolismo dos glicolipídeos e a menor infiltração de células imunológicas estão associados ao PUC em comparação com o CIS. A análise proteômica distingue as origens dos tumores invasivos (derivados de PUC e derivados de CIS), relacionados a prognóstico clínico e características moleculares distintas. Além disso, a perda de RBPMS (RNA Binding Protein with multiple splicing) foi associada a tumores derivados de CIS e é reconhecida por aumentar a atividade do fator de transcrição AP-1 e promover metástases.

Em conclusão, este estudo revela as características de dois ramos distintos (PUC e CIS) da progressão do carcinoma urotelial. Para os autores, a análise multiômica abrangente pode servir de base para a compreensão do mecanismo da carcinogênese e como recurso para a busca de potenciais alvos diagnósticos e terapêuticos no câncer urotelial.

O câncer de bexiga é o décimo câncer mais comum em todo o mundo, com aproximadamente 570.000 novos casos notificados todos os anos.

A íntegra do estudo está disponível em acesso aberto.

Referência: Yao, Z., Xu, N., Shang, G. et al. Proteogenomics of different urothelial bladder cancer stages reveals distinct molecular features for papillary cancer and carcinoma in situ. Nat Commun 14, 5670 (2023). https://doi.org/10.1038/s41467-023-41139-3


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