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AtualizadoQua, 01 Maio 2024 11pm

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Daichii Sankyo

 

SUS deve incorporar terapia fotodinâmica no tratamento do câncer de pele basocelular

SUS NET OK 2 2020A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação no SUS da terapia fotodinâmica, tecnologia que se projeta como mais uma alternativa para o tratamento de pacientes com câncer de pele no Brasil.

A inovação é de baixo custo e emprega um aparelho projetado pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo, em  São Carlos (IFSC/USP), como parte do projeto Terapia Fotodinâmica Brasil (TFD). Considerado único no mundo com duplo sistema na mesma plataforma, o aparelho permite o diagnóstico e o tratamento de câncer, sendo capaz de avaliar e tratar a doença no mesmo dia.

A solução marca um case de sucesso da inovação tecnológica no país. A terapia fotodinâmica mostra excelentes resultados para pacientes com câncer de pele não melanoma do tipo carcinoma basocelular superficial e nodular, como alternativa segura e eficaz para os casos em que a intervenção cirúrgica não é recomendada. O carcinoma basocelular é o mais frequente entre todos os tipos de câncer no Brasil e o tratamento com TFD alcança índices de cura de 90%.

A recomendação da Conitec  de incorporar a terapia fotodinâmica no SUS considerou, ainda,  o fato de que já existem profissionais capacitados e estrutura instalada com o equipamento em dezenas de serviços públicos de saúde, além de ser um procedimento ambulatorial.

Nessa modalidade de tratamento, o princípio é a utilização de substâncias fotossensibilizantes que, após serem irradiadas com uma fonte de luz de comprimento de onda adequado, destroem seletivamente as células neoplásicas. Além da segurança oncológica, a TFD é uma opção terapêutica que oferece excelentes resultados estéticos. Todo o processo pode ser realizado no próprio consultório médico e o tratamento pode começar poucas horas depois de diagnosticada a doença.

A recomendação da Conitec  aguarda agora a decisão da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde (SECTICS/MS), e posterior publicação no Diário Oficial da União (DOU).

“Nosso trabalho de mais de vinte anos, grandemente custeado pelo povo brasileiro através do fomento a projetos, fica recompensado em poder retornar de forma amplificada um grande ganho para a sociedade”, diz o pesquisador Vanderlei Bagnato, coordenador da equipe do IFSC/USP. “Esperamos que a Secretaria do Ministério da Saúde acate com rapidez a recomendação da Conitec para que possamos de fato iniciar o benefício à população brasileira de forma mais ampla e efetiva. Fazer ciência é bom e quando vem com responsabilidade social é ainda melhor”, afirma Bagnato.

 

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