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AtualizadoDom, 28 Abr 2024 12pm

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Daichii Sankyo

 

Perda do cromossomo Y em homens se correlaciona com prognóstico no câncer de bexiga

cromossomo yA perda do cromossomo Y é observada em vários tipos de câncer. Estudo de Theodorescu e colegas publicado na Nature descreve implicações biológicas da perda do cromossomo Y, revelando como se correlaciona com o prognóstico de pacientes com câncer de bexiga.

Neste estudo, os pesquisadores identificaram que tumores de bexiga que mantiveram o cromossomo Y (Y+) cresceram de forma diferente daqueles que perderam o cromossomo Y (Y-). Além disso, a análise mostra que tumores Y- foram mais agressivos do que aqueles Y+ em hospedeiros imunocompetentes.

Para aprofundar esses achados, Theodorescu e colegas utilizaram citometria de fluxo de alta dimensão, tanto em células de câncer de bexiga que perderam naturalmente o cromossomo Y quanto naquelas com deleção direcionada do cromossomo Y por CRISPR-Cas9. As análises demonstraram que os tumores Y- promovem disfunção ou exaustão de células T CD8+ no microambiente tumoral.

Esses achados foram validados usando sequenciamento de RNA de núcleo único e avaliação proteômica espacial em cânceres de bexiga humanos. “Em comparação com tumores Y+, os tumores Y- exibiram resposta aumentada à terapia de checkpoint imune anti-PD-1 em pacientes e modelos animais com câncer. Juntos, esses resultados demonstram que as células cancerígenas com perda do cromossomo Y alteram a função das células T, promovendo a exaustão das células T e sensibilizando-as para a imunoterapia direcionada ao PD-1”, descrevem os autores. Este trabalho fornece informações sobre a biologia básica da mutação LOY e potenciais biomarcadores para melhorar a imunoterapia contra o câncer.

Ao ajudar os tumores a escapar do sistema imunológico e crescer sem controle, a perda do cromossomo Y tem claras implicações biológicas. No entanto, há um lado positivo, considerando que a perda do cromossomo Y também parece tornar o câncer de bexiga mais suscetível ao tratamento com inibidores de checkpoint imune, aponta o estudo da Nature.

Dados já conhecidos mostram que os homens têm três a cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga do que as mulheres.

Este estudo foi parcialmente financiado pelo NCI.

Referência: Abdel-Hafiz, H.A., Schafer, J.M., Chen, X. et al. Y chromosome loss in cancer drives growth by evasion of adaptive immunity. Nature 619, 624–631 (2023). https://doi.org/10.1038/s41586-023-06234-x


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