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AtualizadoQua, 01 Maio 2024 11pm

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Daichii Sankyo

 

Câncer de pele não melanoma, do diagnóstico ao tratamento sistêmico

ashley wysong bxO câncer de pele é o câncer diagnosticado com mais frequência nos Estados Unidos e no mundo. Artigo de revisão de Ashley Wysong (foto) publicado na New England Journal of Medicine fornece aos médicos informações atuais sobre características epidemiológicas, fatores de risco clínico-patológicos, estadiamento, manejo e prevenção do carcinoma cutâneo de células escamosas, destacando que a incidência tem aumentado, assim como a carga da doença.

O câncer de pele não melanoma, também chamado de carcinoma de queratinócitos, é descrito como o tipo mais frequente nos Estados Unidos, com mais de 5 milhões de casos. O carcinoma cutâneo espinocelular (CSCC) é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, com mais de 1 milhão de novos casos por ano, superando em número a incidência combinada de todos os cinco principais cânceres reportáveis tratados nos Estados Unidos.

Apesar do excelente prognóstico da doença inicial, a revisão mostra que metástases nodais se desenvolvem em 1,9 a 5,2% dos casos de CSCC, com mortalidade variando de 1,5 a 3,4%. Entre pacientes imunossuprimidos, o risco de carcinoma cutâneo de células escamosas é maior, com incidência de recorrência local e metástases variando de 6 a 15% dos casos. “O carcinoma cutâneo de células escamosas é responsável por um número crescente de mortes por câncer de pele nos Estados Unidos, com estimativas sugerindo que os números absolutos de pacientes com metástase nodal e de mortes são iguais ou superiores aos de melanoma ou leucemia”, destaca Wysong.

O carcinoma espinocelular cutâneo representa hoje 20% de todos os casos de câncer de pele, é mais comum em homens do que em mulheres (proporção de 3:1) e o risco aumenta bastante com a idade, com  incidência 5 a 10 vezes maior entre pessoas com mais de 75 anos de idade do que entre aquelas abaixo de 55 anos. A revisão de Wysong alerta que a população não-branca também é afetada, sendo a incidência em negros estimada em 3 casos por 100.000, em comparação com 150 a 360 por 100.000 entre brancos não hispânicos nos Estados Unidos.

O artigo da NEJM também descreve avanços no estadiamento para melhorar a classificação de risco e a distinção dos estágios do tumor, destacando que, diante do alto número de casos de carcinoma cutâneo de células escamosas diagnosticados anualmente, é importante identificar pessoas com risco aumentado com potencial de se beneficiar de melhores estratégias de avaliação, gerenciamento e vigilância.

Técnicas cirúrgicas ou destrutivas permanecem como o tratamento preconizado para a maioria dos casos localizados e de baixo risco. No entanto,  para pacientes que não são candidatos à cirurgia, a revisão de Wysong lembra que a radioterapia do tumor primário pode ser considerada.

O artigo da NEJM destaca ainda que características de alto risco, como margens positivas, extenso envolvimento perineural ou envolvimento de nervos grandes ou nomeados, justificam consulta multidisciplinar e consideração de terapia adjuvante.

Acompanhe na NEJM a íntegra do estudo e avanços importantes incorporados ao tratamento do carcinoma cutâneo de células escamosas, a exemplo de cemiplimabe (Libtayo®), aprovado em 2018 pela Food and Drug Administration (FDA), também já aprovado pela Anvisa no Brasil. 

Referência: Wysong A. Squamous-Cell Carcinoma of the Skin. N Engl J Med. 2023 Jun 15;388(24):2262-2273. doi: 10.1056/NEJMra2206348. PMID: 37314707.


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