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AtualizadoSex, 10 Maio 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

Inflamação e declínio clínico após quimioterapia adjuvante em idosos com câncer de mama

IdosaEm uma coorte prospectiva de mulheres idosas clinicamente aptas com câncer de mama, pacientes com alta interleucina-6 e proteína C-reativa pré-quimioterapia tiveram maior probabilidade de apresentar declínio induzido pela quimioterapia no status de fragilidade. Os resultados são de estudo prospectivo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) que buscou avaliar se os marcadores inflamatórios antes da quimioterapia adjuvante estão associados ao declínio clínico induzido pela quimioterapia em uma população de idosas com câncer de mama.

O estudo prospectivo incluiu mulheres com 65 anos ou mais com câncer de mama estágio I-III tratadas com quimioterapia. Os pesquisadores mediram os níveis de interleucina-6 (IL-6) e proteína C-reativa (PCR) pré-quimioterapia (T1), e avaliaram o status de fragilidade usando um Índice de Acumulação de Déficit (DAI; categorizado como robusto, pré-frágil e frágil), em T1 e pós-quimioterapia (T2). A população de interesse foram mulheres robustas em T1.

O desfecho primário foi o declínio induzido pela quimioterapia no status de fragilidade, definido como declínio no DAI de pacientes robustos (T1) para pré-frágeis ou frágeis (T2). A regressão logística multivariada foi usada para examinar a associação entre marcadores inflamatórios e o desfecho primário, ajustado para características sociodemográficas e clínicas.

Resultados

Entre as 295 mulheres classificadas como robustas em T1, 76 (26%) experimentaram declínio induzido por quimioterapia no status de fragilidade, entre as quais 66% tinham IL-6 alta, 63% tinham PCR alto e 46% tinham IL-6 e PCR altos em T1. Após o ajuste para características sociodemográficas e clínicas, as mulheres com IL-6 e PCR elevados tiveram uma chance três vezes maior (odds ratio = 3,52; IC 95%, 1,55 a 8,01; P = 0,003) de declínio induzido pela quimioterapia no status de fragilidade em comparação com mulheres com baixos IL-6 e PCR.

Em síntese, nesta coorte prospectiva de mulheres idosas clinicamente aptas com câncer de mama, pacientes com níveis altos de interleucina-6 e proteína C-reativa pré-quimioterapia tiveram probabilidade três vezes maior de apresentar declínio induzido pela quimioterapia no estado de fragilidade do que pacientes sem alta interleucina-6 e proteína C reativa. “Esse risco aumentado foi independente de idade, raça/etnia, educação, índice de massa corporal, estágio do câncer e tratamento, medicamentos ou comorbidades no início do estudo. Mais pesquisas são necessárias para examinar se os marcadores inflamatórios podem informar abordagens mais personalizadas para o tratamento de sobreviventes de câncer de mama mais velhos”, concluíram os autores. 

Referência: Inflammation and Clinical Decline After Adjuvant Chemotherapy in Older Adults With Breast Cancer: Results From the Hurria Older Patients Prospective Study. Jingran Ji; Can-Lan Sun; Harvey J. Cohen; Timothy Synold; Hyman Muss; and Mina S. Sedrak. DOI: 10.1200/JCO.22.01217 Journal of Clinical Oncology. Published online September 20, 2022


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