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AtualizadoTer, 30 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Avaliação global do tabagismo durante a fase inicial da pandemia de COVID-19

allini mafra okEstudo realizado por pesquisadores da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) avaliou as mudanças nos comportamentos em relação ao tabagismo durante o início do período pré-vacinação contra a COVID-19, em 2020. Os resultados foram publicados no periódico eClinicalMedicine, em artigo com a participação da brasileira Allini Mafra da Costa (foto), pesquisadora de pós-doutorado no Cancer Surveillance Branch (CSU) da IARC.

Globalmente, o tabagismo continua a ser a maior causa evitável de morte prematura. A pandemia da COVID-19 obrigou os países a tomar medidas sem precedentes, incluindo bloqueios que podem afetar o comportamento do tabagismo. Nesse trabalho, os pesquisadores realizaram uma revisão sistemática e meta-análise para avaliar as mudanças no comportamento em relação ao tabagismo durante as fases iniciais da pandemia de COVID-19 em 2020, quando ainda não existiam vacinas disponíveis.

Foram pesquisados nas bases de dados Medline/Embase/PsycINFO/BioRxiv/MedRxiv/SSRN artigos publicados e pré-print entre janeiro e novembro de 2020 que relataram mudanças de comportamento em relação ao tabagismo após o início da pandemia de COVID-19. Os autores utilizaram modelos de efeitos aleatórios para agrupar razões de prevalência comparando a prevalência de tabagismo durante e antes da pandemia e a prevalência de mudanças no comportamento em relação ao tabagismo durante a pandemia.

Foram incluídos na meta-análise 31 estudos, com dados de tabagismo para 269.164 participantes em 24 países. A proporção de pessoas fumando durante a pandemia foi menor do que antes, com uma razão de prevalência combinada de 0,87 (IC 95%:0,79–0,97). Entre as pessoas que fumam, 21% (IC 95%:14-30%) fumaram menos, 27% (IC95%:22-32%) fumaram mais, 50% (IC 95%:41%-58%) não mudaram seus hábitos de tabagismo e 4% (IC 95%:1–9%) relataram parar de fumar.

Entre as pessoas que não fumavam, 2% (IC 95%:1–3%) começaram a fumar durante a pandemia. A heterogeneidade foi alta em todas as meta-análises e, portanto, as estimativas agrupadas devem ser interpretadas com cautela (I2>91% e p-heterogeneidade<0,001). Quase todos os estudos apresentaram alto risco de viés devido ao uso de amostras não representativas, viés de não resposta e utilização de perguntas não validadas.

As mudanças no comportamento em relação ao tabagismo durante as primeiras fases da pandemia de COVID-19 em 2020 foram altamente variadas. As meta-análises indicaram que houve uma redução relativa na prevalência geral de tabagismo durante a pandemia.

“A implementação de políticas e programas de controle do tabagismo baseados em evidências, incluindo serviços de cessação do tabagismo, têm um papel importante para garantir que a pandemia de COVID-19 não agrave a pandemia de tabagismo e os resultados adversos à saúde associados”, concluíram os autores.

O número de registro do PROSPERO para esta revisão sistemática foi CRD42020206383.

Referência: Tobacco smoking changes during the first pre-vaccination phases of the COVID-19 pandemic: A systematic review and meta-analysis - Open Access Published: April 12, 2022 DOI: https://doi.org/10.1016/j.eclinm.2022.101375


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