01122023Sex
AtualizadoSex, 01 Dez 2023 6pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

Perspectivas futuras da terapia-alvo no câncer de pulmão de células não pequenas avançado

ramon branco bxO oncologista Ramon Andrade de Mello (foto), professor de Oncologia Clínica da UNIFESP, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Clinical Medicine (JCM) que revisa dados da literatura e discute as perspectivas futuras do tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas. O artigo é parte da edição especial Biomarker for Non-small Cell Lung Cancer: From the Bench to the Bedside’.

O câncer de pulmão é a neoplasia mais comum em todo o mundo, e 85% desses tumores são classificados como câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP). Avanços consideráveis ​​foram feitos em relação ao tratamento do câncer de pulmão, inicialmente restrito à quimioterapia citotóxica, compostos de platina associados a agentes citotóxicos de 3ª geração (paclitaxel, gencitabina, pemetrexedo), e mais recentemente, com anticorpos monoclonais (bevacizumabe, ramucirumabe).

Os autores observam que avanços recentes no tratamento do câncer consistem no desenvolvimento de terapias-alvo, que bloqueiam moléculas específicas que são superexpressas ou hiperativadas apenas em células tumorais. Essas moléculas-alvo alteradas são o resultado de mutações driver nas células cancerosas, que amplificam as vias de proliferação e sobrevida, levando ao crescimento do tumor. Existem aproximadamente três tipos de terapias alvo: anticorpos monoclonais, inibidores de molécula pequena e imunotoxinas. O impacto desta evolução do tratamento câncer de pulmão se reflete no aumento das taxas de sobrevida em 5 anos dos pacientes, que saltaram de 10,7% no início dos anos 1970 para 19,8% em 2010. No entanto, alguns desafios permanecem, como a identificação de novas alterações nos genes driver envolvidos na carcinogênese, conhecimento dos mecanismos de resistência aos medicamentos e reconhecimento de preditores de resposta a novas terapias, esclarecem.

Desde de 2010, estudos clínicos mostraram os avanços das terapias alvos direcionadas ao receptor do fator de crescimento anti-epidérmico (EGFR), como os inibidores da tirosina quinase de 1ª e 2ª geração (TKIs como erlotinibe, afatinibe). Posteriormente, verificou-se que 60% dos casos a resistência a esses TKIs ocorre devido à mutação T790M no EGFR, que é superada com medicamentos de 3ª geração, como o osimertinibe. Outro avanço importante na oncologia personalizada foi a identificação da fusão do gene EML4/ALK, que é o alvo para drogas como crizotinibe, brigatinibe, alectinibe, ceritinibe, e mais recentemente os inibidores de checkpoint anti-PD1 e anti-PD-L1, que servem como alvos para agentes de imunoterapia, como pembrolizumabe, nivolumabe, atezolizumabe”, destacam os autores.

“A medicina personalizada é uma ferramenta importante no manejo clínico do câncer do pulmão atualmente. Os desafios no tratamento do CPCNP incluem resistência a TKIs de 3ª geração, o alto custo dos inibidores de ALK e a necessidade de pesquisas adicionais sobre novos medicamentos”, conclui Ramon, responsável pela edição especial do JCM.

Referência: de Mello, R.A.; Neves, N.M.; Tadokoro, H.; Amaral, G.A.; Castelo-Branco, P.; Zia, V.A.A. New Target Therapies in Advanced Non-Small Cell Lung Cancer: A Review of the Literature and Future Perspectives. J. Clin. Med. 2020, 9, 3543.


Publicidade
A.C. CAMARGO 70 ANOS
Publicidade
ABBVIE
Publicidade
LIBBS
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
Publicidade
SANOFI
Publicidade
INTEGRAL HOME CARE
Publicidade
300x250 ad onconews200519