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AtualizadoSex, 26 Abr 2024 5pm

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Coberturas Especiais

Tratamento sistêmico no câncer de colo de útero

EVA ANGELICA NET OKNo X Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia, a oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), discute o cenário de tratamento do câncer cervical avançado.

 

Apesar dos esforços para sua prevenção, o câncer de colo de útero segue sendo a quarta causa de câncer mais comum na mulher no mundo, sendo esperados para 2018 570.000 novos casos. Segundo a Globocan, 87% dos mais de 570 mil novos casos diagnosticados e 311 mil mortes por ano estão nos países de baixa e média renda. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 16.000 mulheres são diagnosticadas ao ano e mais de 60% dos tumores são localmente avançados ou avançados ao diagnóstico (Nogueira-Rodrigues, 2017).

Na contramão de sua relevância epidemiológica, escassos estudos clínicos foram desenvolvidos nas últimas décadas e as opções terapêuticas seguem restritas. Na doença avançada, o progresso recente mais significativo foi o acréscimo do inibidor de angiogênese bevacizumabe à combinação de cisplatina e paclitaxel, com aumento da sobrevida global em aproximadamente quatro meses (Tewari et al). Dados do estudo Cecilia, apresentado na ASCO 2018, sugerem que a substituição de cisplatina por carboplatina é segura nessa combinação específica.

Como o câncer de colo de útero tem um número de mutações relativamente elevado, a imunoterapia tem sido vislumbrada como terapia promissora. Estudos de fase II explorando agentes anti-PD1 no cenário da doença avançada foram apresentados recentemente, com resultados encorajadores. Os agentes pembrolizumabe e nivolumabe demostraram em estudos de fase II taxas de resposta de 15 a 26% em pacientes em 2ª linha terapêutica. O agente anti-PD1 pembrolizumabe foi aprovado pelo FDA neste cenário clínico em junho deste ano.

Novos estudos apostam ainda no sinergismo entre inibidores de angiogênese e imunoterapia, e entre a radioterapia e imunoterapia. Diferentemente dos últimos anos, os próximos prometem resultados importantes para este contexto clínico ainda muito restrito em possibilidades.

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