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AtualizadoQua, 01 Maio 2024 11pm

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ASCO GU 2024

PROpel: olaparibe + abiraterona no mCRPC com mutações de reparo de recombinação homóloga

jdaniel kvianna 24Os oncologistas brasileiros João Guedes e Karina Vianna são coautores do ensaio clínico randomizado de Fase 3 PROpel, que demonstrou a eficácia de olaparibe (O) + abiraterona (A) no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração. Agora, no ASCO GU 2024, foram relatados a eficácia por gene de O + A em pacientes com mutações de reparo de recombinação homóloga (HRRm).

O estudo PROpel (NCT03732820) atingiu seu endpoint primário e mostrou um benefício significativo de sobrevida livre de progressão radiográfica (rPFS) avaliada pelo investigador com olaparibe + abiraterona versus placebo (P) + A no tratamento de primeira linha do câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) (hazard ratio [HR] 0,66, 95% CI 0,54–0,81; P<0,001). Na análise final pré-especificada, a mediana de sobrevida global (SG) com O + A vs P + A foi de 42,1 vs 34,7 meses (HR 0,81, 95% CI 0,67–1,00; P = 0,0544).

PROpel foi um ensaio clínico randomizado de Fase 3 (1:1), duplo-cego, que inscreveu pacientes com mCRPC independentemente do status do biomarcador. Os pacientes receberam O olaparibe 300 mg duas vezes ao dia (bid) ou placebo, mais abiraterona 1000 mg uma vez ao dia e prednisona/prednisolona (5 mg duas vezes ao dia). rPFS pela avaliação do investigador foi o endpoint primário (cutoff de dados: 30/07/2021). SG foi um endpoint secundário importante (cutoff de dados: 12/10/2022). Após a randomização e antes da análise primária, o status da HRRm foi avaliado por testes de tecido tumoral (FoundationOne CDx) e ctDNA (FoundationOne Liquid CDx) e é relatado usando resultados agregados de ambos os testes.

Os genes avaliados foram ATM, BRCA1, BRCA2,

BARD1, BRIP1, CDK12, CHEK1, CHEK2, FANCL, PALB2, RAD51B, RAD51C, RAD51D e RAD54L. HR e ICs não são relatados em subgrupos com <5 eventos em qualquer braço para rPFS e SG.

Resultados

28,4% dos pacientes apresentaram HRRm. Para a maioria dos pacientes com um único gene HRRm, houve uma menor proporção de eventos de rPFS e mortes no braço O + A em relação ao braço P + A (Tabela). As mutações genéticas mais prevalentes foram BRCA2, ATM e CDK12; HRs para rPFS e SG favoreceram numericamente O + A (rPFS: BRCA2, HR 0,20, 95% CI 0,08–0,44; ATM, HR 0,55, 95% CI 0,20–1,38; CDK12, HR 0,51, 95% CI 0,20–1,18. SG: BRCA2, HR 0,20, 95% CI 0,07–0,48; ATM, HR 0,79, 95% CI 0,33–1,77; CDK12, HR 0,57, 95% CI 0,24–1,27).

Em síntese, BRCA2, ATM e CDK12 foram as mutações de gene único mais prevalentes e benefício clínico foi observado com a combinação de olaparibe + abiraterona. “Outras mutações de gene único foram raras, limitando a interpretação. O maior benefício do tratamento foi observado em pacientes com mutações BRCA”, concluíram os autores.

Referência: Efficacy of olaparib (O) plus abiraterone (A) versus placebo (P) plus A in patients (pts) with metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC) with single homologous recombination repair gene mutations (HRRm) in the PROpel trial. J Clin Oncol 42, 2024 (suppl 4; abstr 165). DOI 10.1200/JCO.2024.42.4_suppl.165

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