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AtualizadoSeg, 29 Abr 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GU 2023

Plasma miR371 e doença residual mínima em tumores testiculares de células germinativas

TESTICULO NET OKQual a precisão do biomarcador miR371 para detectar doença residual mínima pós-orquiectomia em pacientes com tumores testiculares de células germinativas (TCG) em estágio inicial? Estudo destacado no ASCO GU`23 em sessão oral demonstrou que o plasma circulante miR371 tem alta especificidade e valor preditivo positivo na detecção de TCG inicial e pode ser usado para orientar a seleção do tratamento após a orquiectomia.

A vigilância ativa é rotineiramente recomendada para gerenciar pacientes com tumores testiculares de células germinativas em estágio clínico I, a apresentação mais comum de TCG recém-diagnosticado. Nesta análise, os pesquisadores consideraram pacientes com TCG inicial com amostras de plasma disponíveis após orquiectomia radical, inscritos no programa de pesquisa do biobanco da Universidade British Colúmbia.

Análise qualitativa através de RT-PCR de miR371 foi empregada para avaliar sensibilidade, especificidade, valores preditivos negativos e positivos (VPN, VPP) e área sob a curva (AUC) de miR371 na previsão de recorrência tumoral. Os achados para miR371 foram comparados aos testes diagnósticos atuais padrão ouro.

A sobrevida livre de recaída (RFS, do inglês recurrence free survival) foi correlacionada com o status do miR371 pós-orquiectomia (positivo ou negativo). O teste exato de Fisher avaliou a sensibilidade e especificidade para comparação da expressão do miR371. A sobrevida livre de recorrência foi calculada pelo método de Kaplan-Meier, e as diferenças entre os grupos foram estimadas pelo teste de log rank, com limite de significância de 5%.

Em um seguimento mediano de 41 meses, foram incluídos 101 pacientes com TCG inicial, dos quais 35 (34,6%) apresentaram recidiva da doença durante o acompanhamento. miR371 foi positivo em 22/35 (62,8%) dos pacientes recidivados. A positividade do miR371 precedeu a doença clínica evidente em uma mediana de 3 meses (intervalo: 1-12 meses). A especificidade e valor preditivo positivo (VPP) alcançou 100% (95% CI: 94,5-100 para ambos), a sensibilidade foi de 62,8% (95% CI: 44.9 - 78.5) e o valor preditivo negativo (VPN) foi de 83,5% (95% CI: 76,7 - 88,6) e AUC 0,81 (95% CI: 0,71 - 0,91).

Os autores descrevem que não foram observados resultados falso-positivos. A RFS com miR371 positivo pós-orquiectomia foi significativamente menor (mediana: 3,5 meses vs. não alcançado; p <0,0001) em comparação com pacientes com miR371 negativo pós-orquiectomia (HR: 16,9; IC 95%: 2,1 - 135,7; p<0,0001). A sensibilidade do miR371 se correlacionou com a carga tumoral, o tempo entre a recidiva do tumor e o teste de miRNA e histologia (não-seminoma > seminoma).

“O miR371 tem alta especificidade e VPP na detecção de TCG em estágio inicial e pode ser usado para orientar a seleção do tratamento após a orquiectomia”, concluem os autores, lembrando que outros estudos, incluindo o ensaio clínico SWOG S1823, estão em andamento ou foram planejados neste cenário para validação da utilidade clínica. 

Referência: Longitudinal evaluation of plasma miR371 to detect minimal residual disease and early relapse of germ cell tumors.
First Author: Lucia Nappi
Meeting: 2023 ASCO GU Cancers Symposium
Session Type: Oral Abstract Session
Session Title: Oral Abstract Session C: Renal and Rare Tumors
Track: Renal Cell Cancer,Adrenal Cancer,Penile Cancer,Testicular Cancer,Urethral Cancer
Sub Track: Translational Research, Tumor Biology, Biomarkers, and Pathology
Citation: J Clin Oncol 41, 2023 (suppl 6; abstr 407)
DOI: 10.1200/JCO.2023.41.6_suppl.407
Abstract #: 407

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