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AtualizadoSex, 10 Maio 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

SAN ANTONIO 2022

Avaliação do Breast Cancer Index em mulheres na pré-menopausa com câncer de mama HR+ em estágio inicial

MAMA bxEntre as mulheres na pré-menopausa com câncer de mama receptor hormonal (HR) positivo em estágio inicial incluídas no estudo SOFT, aquelas com uma pontuação alta no ensaio genômico Breast Cancer Index (BCI) tiveram risco aumentado de recorrência à distância, e aquelas com baixo BCI se beneficiaram mais com a adição da terapia de supressão ovariana à terapia endócrina após 12 anos de acompanhamento. Os resultados foram apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS 2022).

O Suppression of Ovarian Function Trial (SOFT) em pacientes com câncer de mama na pré-menopausa revelou que a adição da supressão da função ovariana (OFS) à terapia endócrina adjuvante com tamoxifeno (T+OFS) ou exemestano (E+OFS) reduz o risco de recorrência em comparação com tamoxifeno adjuvante isolado.

“No entanto, a supressão da função ovariana aumenta a toxicidade a curto e longo prazo e não é tolerada por todas as pacientes”, disse a oncologista Ruth O'Regan, chefe do Departamento de Medicina da Universidade de Rochester e primeira autora do estudo. “Portanto, determinar quais pacientes realmente precisam de supressão da função ovariana é crucial para evitar toxicidades adicionais em pacientes que provavelmente não irão de beneficiar da estratégia”, acrescentou.

O Breast Cancer Index (BCI) é um ensaio genômico que incorpora uma assinatura de expressão gênica chamada índice de grau molecular e a razão de expressão do gene HOX13 para o gene IL17BR (relação H/I). O BCI avalia o risco de recorrência tardia à distância (5 a 10 anos após o diagnóstico) do câncer de mama HR+ em estágio inicial. A relação H/I determina quais pacientes se beneficiam de durações prolongadas de terapia endócrina nessa população de pacientes.

O'Regan e colegas avaliaram o Breast Cancer Index em um subconjunto de 1.687 pacientes (30,4% < 40 anos, 64,1% T1, 50,1% G2, 65,8% N0, 85,5%% HER2-, 53,3% receberam quimioterapia anterior) foram bem-sucedidas no teste BCI e incluídas na análise final.

O teste BCI foi realizado de forma cega para as características clínicas, tratamento e resultado. O seguimento médio foi de 13 anos.

O endpoint primário foi o intervalo livre de câncer de mama (BCFI). Os endpoints secundários foram intervalo livre de recorrência distante (DRFI) e sobrevida livre de doença (DFS). A análise de Kaplan-Meier e os modelos de regressão de riscos proporcionais de Cox, estratificados por quimioterapia anterior e estado dos gânglios linfáticos, foram usados para avaliar o desempenho preditivo do BCI (H/I) (Alto vs Baixo) e, secundariamente, H/I como uma pontuação contínua. O teste de hipótese para interação foi realizado por testes log-rank estratificados.

Resultados

A análise mostrou que após 12 anos de acompanhamento, o BCI foi prognóstico de recorrência à distância: entre os pacientes sem envolvimento de linfonodos, aqueles com alto BCI tiveram um risco 98% maior de recorrência à distância do que aqueles com baixo BCI. Um aumento semelhante foi observado em pacientes cujo câncer se espalhou para um a três linfonodos.

Além disso, entre os pacientes com baixa relação H/I, a adição de terapia de supressão ovariana ao exemestano ou tamoxifeno resultou em redução do risco de recorrência após 12 anos em comparação com o tratamento apenas com tamoxifeno (11,6% e

7,3%, respectivamente). O benefício preditivo da relação H/I foi observado independentemente da idade, envolvimento de linfonodos e tratamento com quimioterapia.

“Anteriormente, foi demonstrado que a alta relação H/I é preditiva de quais pacientes se beneficiam de durações mais longas da terapia endócrina, o que pode indicar sensibilidade a essa terapia. No entanto, o benefício da terapia de supressão ovariana pode não estar relacionado à sensibilidade endócrina. É possível que pacientes com câncer endócrino-resistente possam se beneficiar mais da OFS, o que poderia explicar nossas descobertas”, disse O’Regan.

“Se validada, a relação H/I pode ser útil para determinar quais pacientes na pré-menopausa necessitam de terapia de supressão ovariana, evitando assim toxicidade adicional naquelas que provavelmente não se beneficiarão”, acrescentou O’Regan.

Uma limitação do trabalho é o pequeno tamanho da amostra.

O estudo foi financiado pela Biotheranóstica.

Referência: Abstract GS1-06 - Evaluation of the Breast Cancer Index in premenopausal women with early-stage HR+ breast cancer in the SOFT trial - Presenting Author: Ruth O'Regan, MD - University of Rochester Medical Center

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