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AtualizadoQui, 02 Maio 2024 7pm

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ASH 2022

Estudo brasileiro mostra resultados de isatuximabe no mieloma múltiplo recidivado

marcelo capra bxMarcelo Capra (foto), do Centro Integrado de Hematologia e Oncologia do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, é primeiro autor de análise de subgrupo do estudo randomizado de Fase 3 (IKEMA) apresentada no congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH 2022), que avaliou isatuximabe mais carfilzomibe e dexametasona no tratamento do mieloma múltiplo recidivado, de acordo com as linhas prévias de tratamento. Os resultados apresentados são consistentes com o benefício observado na população geral do estudo IKEMA e apoiam ainda mais Isa-Kd como um tratamento padrão para pacientes com MM recidivado.

O brasileiro Marcelo Capra (foto), do Centro Integrado de Hematologia e Oncologia do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre,  de estudo randomizado de Fase 3 (IKEMA) selecionada no ASH 2022, que avalia isatuximabe mais carfilzomibe e dexametasona no mieloma múltiplo recidivado, de acordo com as linhas prévias de tratamento. Os resultados desta análise de subgrupo são consistentes com o benefício observado na população geral do estudo IKEMA e apoiam ainda mais Isa-Kd como um tratamento padrão para pacientes com MM recidivado.

A análise final de sobrevida livre de progressão (SLP) do estudo de Fase 3 IKEMA (NCT03275285), realizada 2 anos após a análise interina pré-planejada, confirmou que isatuximabe (Isa) + carfilzomibe (K) e dexametasona (d) (Isa-Kd) melhorou significativamente a SLP em comparação com Kd em pacientes com MM recidivado (razão de risco [HR] 0,58; intervalo de confiança [IC] de 95,4%, 0,42–0,79), com aumento clinicamente significativo na negatividade mínima da doença residual (MRD–) (33,5% vs 15,4 %) e na taxa de resposta completa (CR) (44,1% vs 28,5%) na população com intenção de tratar, com perfil de segurança manejável. 

Na análise selecionada no ASH 2022 são apresentados os resultados atualizados de eficácia e segurança do IKEMA por número de linhas anteriores de tratamento (1 vs >1). Foram considerados pacientes com 1 a 3 linhas anteriores de tratamento, randomizados 3:2 para receber Isa-Kd (n=179) ou Kd (n=123). O tratamento foi administrado até progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Os dados atualizados e de longo prazo são baseados na análise de SLP pré-especificada (endpoint primário) de IKEMA, com 159 eventos.  

Resultados

Dos 302 pacientes randomizados, 134 (44,4%; 79 Isa-Kd, 55 Kd) receberam 1 linha de tratamento anterior e 168 (55,6%; 100 Isa-Kd, 68 Kd) receberam > 1 linha de tratamento anterior.  Em um acompanhamento médio de 44 meses em cada subgrupo (data limite de 14 de janeiro de 2022), os autores descrevem que a SLP melhorou com Isa-Kd vs Kd em ambos os subgrupos, consistente com o endpoint primário na população com intenção de tratar. Entre os pacientes que receberam 1 linha de tratamento anterior, a mediana de SLP foi de 38,24 meses com Isa-Kd e 28,19 meses com Kd (HR não estratificado 0,723; 95,4% CI 0,442–1,184; P= 0,0983; Figura 1). Em pacientes que receberam >1 linha anterior de terapia, a SLP mediana foi de 29,21 meses com Isa-Kd e 16,99 meses com Kd (HR não estratificado 0,452; IC 95,4% 0,298–0,686; P< 0,0001; Figura 2). 

A profundidade da resposta melhorou com a adição de Isa a Kd em ambos os subgrupos. Capra et al. destacam que mais pacientes alcançaram CR com Isa-Kd do que com Kd (48,1% vs 38,2%, 1 linha anterior; 41,0% vs 20,6%, >1 linha anterior). A adição de Isa a Kd também rendeu taxas mais altas de MRD– (39,2% vs 21,8%, 1 linha anterior; 29,0% vs 10,3%, >1 linha anterior) e MRD– e CR (32,9% vs 16,4%, 1 linha anterior linha; 21,0% vs 8,8%, >1 linha anterior). 

Em relação à segurança, quase todos os pacientes apresentaram pelo menos um evento adverso emergente do tratamento (TEAE). A frequência de TEAEs de grau ≥3 foi semelhante entre os subgrupos (83,3% [Isa-Kd] e 72,2% [Kd], 1 linha anterior; 83,8% [Isa-Kd] e 73,5% [Kd], > 1 linha anterior). TEAEs graves ocorreram em 66,7% vs 51,9% dos pacientes (subgrupo de 1 linha prévia) e 72,7% vs 66,2% dos pacientes (>1 linha anterior) com Isa-Kd vs Kd, respectivamente. A porcentagem de pacientes com TEAEs que levaram à descontinuação do tratamento foi numericamente menor com Isa-Kd do que com Kd: 9,0% vs 13,0% (1 linha anterior) e 15,2% vs 22,1% (>1 linha anterior). 

No subgrupo que recebeu 1 linha de tratamento anterior, 4 pacientes (5,1%) no braço Isa-Kd tiveram um TEAE com desfecho fatal. No subgrupo >1 linha de tratamento anterior, 6 pacientes (6,1%) no braço Isa-Kd e 6 pacientes (8,8%) no braço Kd tiveram TEAE com desfecho fatal durante o período de tratamento.

“A adição de Isa a Kd melhorou a SLP e a profundidade da resposta em pacientes com MM recidivado, independentemente do número de linhas anteriores de tratamento, com perfil de segurança manejável. Os resultados desta análise de subgrupo são consistentes com o benefício observado na população geral do estudo IKEMA e apoiam ainda mais Isa-Kd como um tratamento padrão para pacientes com MM recidivado, independentemente das linhas anteriores de tratamento, incluindo aqueles com primeira recaída”, concluem os autores.

abstract capra ash

Referência: 3176 Isatuximab Plus Carfilzomib and Dexamethasone in Relapsed Multiple Myeloma: Ikema Subgroup Analysis By Number of Prior Lines of Treatment
Program: Oral and Poster Abstracts
Session: 652. Multiple Myeloma and Plasma Cell Dyscrasias: Clinical and Epidemiological: Poster II
Sunday, December 11, 2022, 6:00 PM-8:00 PM
Marcelo Capra, MD, PhD et al

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