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AtualizadoDom, 28 Abr 2024 12pm

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San Antonio 2019

Taxas de mastectomia, como estamos?

Thatyane Cunha bxThatyane Espósito Cunha (foto) é primeira autora de estudo apresentado na sessão de poster do SABCS 2019, relatando as taxas de mastectomia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, correlacionadas com idade, terapias neoadjuvantes e estadiamento tumoral.

 

A literatura médica relata que as taxas de mastectomia estão aumentando no câncer de mama inicial, o que pode estar relacionado à disponibilidade de reconstrução imediata, experiência do cirurgião e até ao incremento de testes genéticos. Neste estudo, o objetivo foi apresentar as taxas de mastectomia de uma única instituição brasileira ao longo dos anos e correlacioná-las com variáveis como idade, terapias neoadjuvantes e estadiamento tumoral.

A análise retrospectiva considerou pacientes atendidas no centro de câncer do Hospital Sírio-Libanês, de 2005 a 2018. Os resultados apontam 2.942 pacientes tratadas no período, com 1.798 mastectomias realizadas (incluindo mastectomias poupadoras de mamilo e mastectomias poupadoras de pele) contra 1.144 cirurgias conservadoras (61,11% x 38,89%).

As taxas de mastectomia variaram de 73,04% (2007) a 48,8% (2018), com uma ligeira queda de 53,84% em 2005 e 48,14% em 2018. O tipo de cirurgia (conservadora, mastectomia, mastectomia poupadora de pele) foi associada ao tratamento neoadjuvante (p <0,001). A cirurgia radical foi inversamente correlacionada com a data da cirurgia e com a idade. Pacientes idosos tiveram maior probabilidade de se submeter a estratégias radicais (R = -0,004; t = -4,74; p <0,001), diretamente correlacionadas aos estágios avançados (R = 0,13; t = 10; p <0,001). Não foi encontrada correlação linear significativa entre o tipo de cirurgia e o tratamento neoadjuvante quando controlado por data, idade e estadiamento T.

“Em conclusão, esses resultados demonstram que nossas taxas de mastectomia, diferentemente das tendências globais, não aumentaram nos últimos 15 anos”, destacam os autores. “Esses achados provavelmente estão relacionados à impossibilidade de testes genéticos nessa população, técnicas precisas de diagnóstico e obtenção de maiores taxas de resposta com o tratamento neoadjuvante. Curiosamente, as taxas de cirurgia conservadora de mama foram inversamente correlacionadas com a idade avançada, o que pode refletir uma abordagem terapêutica individualizada entre um subgrupo de pacientes potencialmente vulneráveis ​​à toxicidade relacionada à quimioterapia”, concluem os autores.

Referência: P1-20-29. Mastectomy rates in a single Brazilian institution through the past 15 years: Are we following the global trend? - Thatyane Espósito Gallo Cunha et al

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