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AtualizadoDom, 28 Abr 2024 12pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO 2019

PROfound apresenta resultados no câncer de próstata avançado

maha esmo2019 bxApresentado na ESMO 2019 por Maha Hussain (foto), da Universidade de Chicago, o ensaio PROfound demonstrou que olaparibe atrasou a progressão do câncer em cerca de quatro meses na comparação com os novos agentes hormonais (enzalutamida ou acetato de abiraterona) em pacientes com câncer de próstata metastático previamente tratados e com tumores que apresentam falha nos principais genes de reparo do DNA. Resultados preliminares indicam que o tratamento também prolongou a sobrevida global em mais de três meses.

“Ver um efeito tão significativo no controle da progressão da doença e constatar outros benefícios clinicamente relevantes, como taxa de resposta objetiva e duração de resposta, é uma conquista para pacientes com câncer de próstata pré-tratados”, disse Maha.

Este ensaio de Fase III comparou a eficácia do inibidor da PARP olaparibe com o tratamento hormonal de escolha do médico (enzalutamida ou abiraterona) em dois grupos de pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCRPC) e deficiência nos genes de reparo do DNA. Na coorte A os pacientes apresentavam alterações nos genes BRCA1, BRCA2 ou ATM, enquanto os pacientes da coorte B tiveram alterações em qualquer um dos 12 outros genes conhecidos envolvidos no reparo do DNA. Na coorte A, a mediana de SLP foi de 7,39 meses com olaparibe versus 3,55 meses com tratamento hormonal (taxa de risco [HR] 0,34, p <0,0001). Na população geral (coorte A + B), a mediana de SLP foi de 5,82 meses vs 3,52 meses, respectivamente (HR 0,49, p <0,0001).

Apesar dos dados ainda imaturos, a análise de sobrevida na coorte A mostrou 18,5 meses com olaparibe em comparação com 15,11 meses com tratamento hormonal (HR 0,64, p = 0,0173). A sobrevida global média na população geral (coorte A + B) foi de 17,51 meses vs 14,26 meses (HR 0,67, p = 0,0063]) com olaparibe versus tratamento hormonal, respectivamente.

“Vimos os benefícios de olaparibe em todos os subgrupos de pacientes, independentemente do país, idade, terapia anterior e gravidade da doença, inclusive em homens com doença visceral ou metástase pulmonar”, destacou Hussain.

Para Eleni Efstathiou, do MD Anderson Cancer Center, os dados do PROfound são realmente diferenciados e merecem ser olhados com cautela. “Este é o primeiro estudo de fase III a analisar especificamente tumores com alterações moleculares específicas. Nesses pacientes, o tratamento com olaparibe resultou em um atraso 66% maior na progressão da doença comparado aos novos agentes hormonais”, apontou. A especialista também observou que os dados apresentados sugerem tendência de ganho de sobrevida, ainda que eventos adversos significativos, como anemia e náusea, tenham sido mais comuns entre os pacientes tratados com olaparibe.

Referência: LBA12 - PROFOUND: Phase 3 study of olaparib versus enzalutamide or abiraterone for metastatic castration-resistant prostate cancer (MCRPC) with homologous recombination repair (HRR) gene alterations - Maha Hussain et al - Annals of Oncology, Volume 30, Supplement 5, October 2019

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