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AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO 2017

Duração do tratamento e nivolumabe em pacientes com CPNPC metastático previamente tratado

Clarissa Baldotto NET OKA oncologista Clarissa Baldotto (foto), Diretora Médica do Americas Centro de Oncologia Integrado, no Rio de Janeiro, e membro do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) comenta os estudos apresentados na ESMO CheckMate153, que avaliou nivolumabe por um ano vs tratamento contínuo em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado; e CheckMate 171, que investigou nivo em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células escamosas tratados previamente.

 

12970 - Randomized results of fixed-duration (1-yr) vs continuous nivolumab in patients (pts) with advanced non-small cell lung cancer (NSCLC)

Os inibidores de PD-1 e PD-L1 constituem uma das principais opções para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC), tanto em primeira quanto em segunda linha. Quase todos os estudos padronizaram um tempo de 2 anos de tratamento, na ausência de progressão, sem um claro racional científico. Entretanto, análises de pacientes que precisaram interromper antes a medicação (sem evidência de progressão da doença), sugerem que o benefício da imunoterapia possa ser mantido, mesmo após um tempo mais curto e limitado de tratamento.

O estudo fase IIB-IV CheckMate153 randomizou pacientes com CPNPC metastático (todos com pelo menos 1 linha prévia de tratamento), que permaneciam com doença controlada após 1 ano de uso do nivolumabe, para interromper a medicação ou seguir até progressão ou toxicidade. Foram apresentados dados de eficácia de 163 pacientes randomizados, ao final de 1 ano de tratamento com nivolumabe.

A taxa de resposta global antes da randomização foi de 70% no braço de tratamento contínuo e 56% no de interrupção. O status de PD-L1 foi semelhante entre os braços. A sobrevida livre de progressão (SLP) pós randomização foi significativamente maior (NA x 10,3m; HR: 0,42 (IC 95% 0,25-0,71), no braço de uso contínuo de nivolumabe. Os dados de sobrevida global ainda são imaturos, mas mostram uma tendência de benefício também para o braço de continuidade (HR:0,63, IC 95% 0,33-1,20).

Foram retratados com nivolumabe 79% dos pacientes, que haviam interrompido com 1 ano. A frequência de eventos adversos relacionados foi numericamente superior no braço da continuação, mas poucos ocorreram depois de 1 ano. Os dados apresentados sugerem que a interrupção precoce de nivolumabe, antes da progressão, pode não ser a conduta mais acertada nesta população.

1303PD - Nivolumab in previously treated patients with metastatic squamous NSCLC: Results of a European single-arm, phase 2 trial (CheckMate 171) including patients aged ≥70 years and with poor performance status

O nivolumabe está aprovado para terapia de segunda linha em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CNPC), doença avançada, com base em benefício de sobrevida global (SG) e taxa de resposta (TR). Este estudo fase 2 procurou avaliar em 13 países da Europa se estes dados se reproduziam em uma população de mundo-real, com pacientes de histologia escamosa.

Foram incluídos 809 pacientes > 18 anos, com PS0-2. A maior parte tinha história de tabagismo (93%) e tinham recebido 1 (42%) ou até 2 (40%) linhas prévias de tratamento. A duração mediana de tratamento com nivolumabe foi de 4,4 meses, sendo que 324 pacientes ainda estavam em tratamento no fechamento dos dados apresentados. O número de eventos adversos (EAs) foi compatível com a literatura (50% de EAs, sendo apenas 12% de graus 3-4, com 5 casos de pneumonite). A SG mediana foi de 9,9 meses (IC 95% 8,7 – 13,1).

No subgrupo de pacientes idosos (> 70 anos), a incidência de EAs foi similar (56%), assim como a taxa de descontinuação por EAs (6%). O mesmo foi observado nos pacientes com PS2. Somente 45 pacientes (46%) tiveram EAs e 5% descontinuaram o nivolumabe por causas desses eventos. Portanto, a segurança do nivolumabe, neste estudo, foi consistente com os dados da literatura, incluindo populações de maior risco, como idosos e PS2.

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