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AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

IX Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia

Carla_Domenge_SFBO_bx.jpgEm sua nona edição, o Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia abriu o programa científico deste ano com números superlativos: quase 1,5 mil participantes inscritos e 200 conferencistas nacionais e internacionais, distribuídos em cinco módulos temáticos. Os oncologistas Carla Ismael e Christian Domenge estão à frente da organização e falam dos principais destaques do encontro.

Qual o maior diferencial deste IX Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia?
A agenda deste ano dedicou espaço muito maior à radioterapia. Nas edições anteriores, o programa de radioterapia era concentrado em um único dia. Este ano, os três dias de congresso têm uma intensa programação, marcando a presença da ALATRO, que congrega a associação ibero e latino americana de radioterapia, com a participação de 70 convidados internacionais. É um encontro de peso, em resposta à própria necessidade de expansão da radioterapia. Por outro lado, mantivemos sessões tradicionais, com ênfase nos tumores mais prevalentes no Brasil. Como é tradição nos congressos organizados pela Sociedade Franco-Brasileira de Oncologia, temos convidados que são expoentes em suas áreas de atuação, como é o caso de Martine Piccart e Barbara Pistilli em câncer de mama; de Benjamin Besse em pulmão, Willian Willian em tumores de cabeça e pescoço e de Axel Lecesne, em sarcomas. Na área de geniturinário, karim Fizazi, que recebeu o Prêmio Gustave Roussy nesta edição, é hoje referência internacional, assim como em melanoma Caroline Robert é uma das grandes autoridades mundiais. Essa excelência é certamente um importante diferencial deste IX Congresso Franco-Brasileiro de Oncologia.
 
E a sessão de imunoterapia?
Sem dúvida é um destaque. É uma área de fronteira e como toda novidade traz entusiasmo, mas também desperta dúvidas. Temos que avaliar como usar, quando usar, conhecer os benefícios e potenciais complicações dos novos imunoterápicos. É um novo paradigma que vem sendo explorado e existem perguntas ainda sem respostas. Vamos usar em combinação? Vamos usar com quimioterapia? E com radioterapia, como se dá o efeito abscopal? Doenças que não são radiossensíveis podem passar a responder á radioterapia? Enfim, existe um universo que está sendo desvendado. Acreditamos que a partir dos novos conhecimentos vamos equilibrar mais e melhor os benefícios e os riscos dessas abordagens. É uma arma a mais no arsenal da oncologia.
 
Quais os planos da SFBO para a oncologia brasileira?
Queremos manter e estreitar essa aproximação entre a oncologia brasileira e a oncologia europeia. Temos uma raiz muito forte no Brasil da presença europeia e certamente podemos tirar proveito de nossas convergências. Essa aproximação não é apenas em questões que impactam a prática clínica, mas também no campo da pesquisa. Existe espaço para um intercâmbio e esperamos trazer estudos clínicos para o Brasil. Essa é nossa missão e é também um compromisso permanente.  
 
A realização do IX congresso Franco-Brasileiro mostra que foi possível vencer a crise e superar uma conjuntura especialmente difícil?
Exatamente. Com muito esforço e, principalmente, com a ajuda dos conferencistas que generosamente nos apóiam, chegamos até aqui em mais essa edição do congresso. Foi uma dedicação muito grande, mas o saldo está aí e o esforço, sem dúvida, valeu à pena.  
 
 
 
 
 

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