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AtualizadoSex, 10 Maio 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

Volume de hidratação no controle de sintomas em câncer terminal

logo_ancp_horizontal__1__NET_OK.jpgMuito se discute sobre hidratação na fase final da vida e perguntas surgem. É necessário? Como fazer quando se perde a via oral? Qual volume deve ser feito? 

Não é incomum na prática assistencial, pacientes em fase terminal de doença receberem grande quantidade de hidratação artificial. E a perda da via oral associada ao desconhecimento da via subcutânea levam a intervenções algumas vezes desnecessárias, como acesso profundo ou cateter central de inserção periférica.

Um estudo japonês prospectivo, recentemente publicado no periódico Journal of Palliative Medicine, traz a discussão do volume de hidratação a ser realizado para manejo de sintomas em pacientes portadores de câncer terminal. Os autores acreditavam que a adequação e a redução do volume de líquido poderiam contribuir para alívio de sintomas e melhorar a qualidade de vida.


A pesquisa selecionou 78 pacientes que apresentavam sintomas relacionados à hidratação (náuseas, dor e distensão abdominal, edema periférico e dispneia). Os pacientes foram acompanhados com utilização de medidas de redução do volume de hidratação e adoção dos fármacos padronizados segundo protocolo nacional criado em 2007.

Antes da intervenção, os pacientes recebiam em torno de 1500 ml por dia; após a intervenção esse volume caiu para cerca de 750 ml ao dia.

Como ferramentas para avaliação foram utilizadas as escalas numéricas dos sintomas acima descritos e um questionário europeu de qualidade de vida que contempla 30 questões (EORTC QLQ-C30).

Uma semana após a redução do volume de hidratação os pacientes foram avaliados e através da metodologia aplicada (p-valor) observou-se que todos os sintomas apresentaram melhora. O sintoma de maior relevância estatística foi o edema periférico, seguido de dor/distensão abdominal, náuseas e dispneia. A qualidade de vida, a satisfação global e a sensação de benefício também foram significativamente melhores.

Esses resultados reafirmam que a boa prática da assistência à terminalidade da vida depende muito da adequação ou limitação de condutas, que devem ser individualizadas de acordo com a apresentação dos problemas.
 
O artigo pode ser lido na íntegra no endereço: http://online.liebertpub.com/doi/pdfplus/10.1089/jpm.2013.0557
 
Filipe Gusman
É presidente da ANCP Regional Sudeste e professor do Instituto Paliar.

 

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