05052024Dom
AtualizadoDom, 05 Maio 2024 1pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

Tratamento do delirium em pacientes em cuidados paliativos

logo_ancp_horizontal__1__NET_OK.jpgDelirium é uma alteração do nível de consciência de instalação aguda e curso flutuante com prejuízo da atenção e da cognição. A ocorrência é frequente em pacientes com câncer na fase final da vida, com risco ainda maior em idosos, e gera desconforto para o paciente e para a família. 

A equipe deve estar preparada para reconhecer o delirium e adotar medidas farmacológicas e não-farmacológicas apropriadas.

Um artigo publicado no Journal of Palliative Medicine em 2013 propõe uma abordagem prática do delirium com base em revisão de literatura. Existem três subtipos de delirium, cuja classificação depende da presença de agitação psicomotora e do nível de consciência: hiperativo, hipoativo e misto. Conforme a doença de base do paciente, comorbidades, prognóstico e avaliação funcional, é possível inferir se o delirium é reversível ou não. No contexto de um paciente que já apresenta falência orgânica ou que iniciou o processo de morrer, o delirium é irreversível e seu tratamento deve focar-se no controle de sintomas e no apoio a familiares, cuidadores e equipe.


Por outro lado, quando existe potencial de reversibilidade, o tratamento inicia-se pela identificação e correção das inúmeras causas do delirium, como dor, desidratação, constipação, infecção ou alterações eletrolíticas. Antipsicóticos costumam ser úteis em casos de delirium hiperativo para controle rápido da agitação, devendo ser titulados de forma correta para evitar efeitos colaterais. As medidas não-farmacológicas têm um papel importante na reversão do delirium e priorizam o conforto e a orientação do paciente.

Através de anamnese e exame físico detalhados e exames complementares apropriados, é possível identificar e reverter as causas de delirium mesmo em alguns pacientes com doença grave e avançada. Com as recomendações desse artigo, os médicos podem rapidamente controlar a agitação e outros sintomas associados ao delirium, aliviando a angústia da família e da equipe, em qualquer ambiente do cuidado, incluindo o domicílio dos pacientes. Recomenda-se uma leitura atenta para incorporar essas recomendações à prática diária de cada um.

Leia o artigo completo.

Daniel Azevedo
É médico especialista em Geriatria com certificado de área de atuação em Medicina Paliativa; Presidente da Comissão Permanente de Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; e vice-presidente da ANCP Regional Sudeste.

 

Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
Publicidade
300x250 ad onconews200519