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AtualizadoTer, 30 Abr 2024 10pm

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Regulação positiva dos genes shelterin e CST é associada a pior prognóstico no câncer de próstata

A busca por novos biomarcadores clínicos no câncer de próstata é uma necessidade urgente. Os telômeros podem ser um desses alvos, afirmam Miguel Srougi (foto) e colegas, em artigo na Cancer Genetics. Os resultados indicam que a regulação positiva dos genes shelterin e CST, assim como telômeros mais longos, estão associados a características prognósticas desfavoráveis no câncer de próstata.

Nesta análise, os autores descrevem que telômeros são as extremidades dos cromossomos lineares, essenciais para a estabilidade do genoma e o controle das divisões celulares. “A disfunção telomérica e a expressão anormal de seus componentes são relatadas na maioria dos cânceres e estão associadas ao câncer de próstata”, esclarecem, em estudo que busca avaliar o papel dos genes do complexo shelterin (POT1, TRF2, TPP1, TIN2 e RAP1) e CST (CTC1, STN1 e TEN1) na progressão do câncer de próstata, assim como o papel do comprimento dos telômeros.

Os pesquisadores utilizaram métodos de bioinformática para avaliar alterações genéticas do complexo shelterin e CST em amostras de câncer de próstata (CaP) localizado (n = 499) e metastático resistente à castração (n = 444). A análise ainda considerou a expressão dos genes utilizando TCGA (CaP localizado n = 497 e controle n = 152) e abordagens experimentais, com peças cirúrgicas (CaP localizado n = 81 e BPH n = 10) e linhagens celulares metastáticas (LNCaP, DU145, PC3 e PNT2 como controle) por PCR em tempo real. A PCR em tempo real também determinou o comprimento dos telômeros nas mesmas amostras experimentais. A análise buscou associar os dados com parâmetros clínicos com.

Os resultados revelam que alterações genéticas são incomuns no câncer de próstata, mas POT1, TIN2 e TEN1 mostraram significativamente mais amplificações no câncer metastático. Srougi e colegas descrevem que, exceto CTC1 e TEN1, expressos diferencialmente em amostras localizadas de CaP, não detectaram um padrão de expressão relativo ao controle e às linhas celulares. No entanto, com exceção do TEN1, observam que a regulação positiva de todos os genes foi associada a pior prognóstico no CaP localizado. A análise também revela que o aumento do comprimento dos telômeros foi associado à agressividade da doença no CaP localizado.

“A regulação positiva dos genes shelterin e CST cria um ambiente que favorece o alongamento dos telômeros, proporcionando vantagens seletivas para que as células de câncer de próstata localizado progridam para estágios mais agressivos da doença”, concluem os autores.

O câncer de próstata é um dos cânceres mais diagnosticados em homens e representa um grave problema de saúde pública em todo o mundo.

Além de Miguel Srougi como autor sênior, o estudo tem como primeiro autor o pesquisador Gabriel Arantes dos Santos, pós-doutorando no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, e como coautores Nayara Viana, Ruan Pimenta, Juliana Alves de Camargo, Vanessa Guimaraes, Poliana Romão, Patrícia Candido, Vinicius Genuino dos Santos, Vitória Ghazarian, Sabrina Reis e Katia Ramos Moreira Leite. 

Referência: https://doi.org/10.1016/j.cancergen.2024.03.006


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