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AtualizadoTer, 30 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Adultos sobreviventes de câncer infantil e risco de câncer colorretal

Colorretal OK NET OK ASCO 2016Aos 40 ano, sobreviventes de câncer infantil tratados com radioterapia abdominopélvica (TARV) apresentam risco de desenvolver câncer colorretal (CCR) semelhante àqueles com 50 anos de idade na população em geral, evidência que deve ser utilizada para orientar diretrizes para estratificação de risco, apontam Heymer et al. em artigo no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Os sobreviventes de câncer infantil correm risco de desenvolver câncer colorretal (CCR) subsequentes. Com o objetivo de quantificar os riscos absolutos por modalidade de tratamento, os pesquisadores usaram dados clinicamente acessíveis de um estudo pan-europeu de caso-controle em uma grande coorte de sobreviventes de câncer infantil: o estudo PanCareSurFup.

Foram calculadas razões de probabilidade (OR) desse estudo caso-controle compreendendo 143 casos de CCR e 143 controles de uma coorte de 69.460 sobreviventes. Heymer e colegas consideraram taxas de incidência padronizadas de CCR para esta coorte, taxas de incidência de CCR na população geral europeia e as taxas de mortalidade dos sobreviventes para estimar os riscos absolutos cumulativos (CARs) por idade, compreendendo diferentes categorias de radiação na área abdominopélvica.

Os resultados publicados no JCO mostram que receberam radioterapia abdominopélvica (TARV) tiveram três vezes mais probabilidade de desenvolver CCR subsequente do que aqueles que não receberam TARV (OR, 3,1 [IC 95%, 1,4 a 6,6]). Para sobreviventes do sexo masculino tratados com TARV, o CAR foi de 0,27% (IC 95%, 0,17 a 0,59) aos 40 anos de idade, 1,08% (IC 95%, 0,69 a 2,34) aos 50 anos (0,27% esperado na população em geral) e 3,7% (IC 95%, 2,36 a 7,80) aos 60 anos (0,95% esperado). Para sobreviventes do sexo feminino tratadas com TARV, os autores descrevem que o CAR foi de 0,29% (IC 95%, 0,18 a 0,62) aos 40 anos de idade, 1,03% (IC 95%, 0,65 a 2,22) aos 50 anos (0,27% esperado) e 3,0% (IC 95%, 1,91 a 6,37) aos 60 anos (0,82% esperado).

Em síntese, aos 40 anos, pelo menos 0,27% dos sobreviventes de câncer infantil tratados com qualquer radioterapia na região abdominopélvica desenvolveram CCR subsequente, o que é semelhante ao risco daqueles com 50 anos de idade na população em geral, para quem o rastreio do CCR de base populacional começa em muitos países.

Este estudo fornece evidências para informar recomendações de triagem estratificadas, com foco em adultos sobreviventes de câncer infantil em risco de CCR relacionado à radiação, propõem os autores.

Referência: DOI: 10.1200/JCO.23.00452 Journal of Clinical Oncology. Published online November 16, 2023.

 

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