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AtualizadoQui, 02 Maio 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

FDA aprova sacituzumabe govitecana no câncer de mama metastático HR+/HER2-negativo pré-tratado

aprovado 21 bxA agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o anticorpo droga-conjugado sacituzumabe govitecana (Trodelvy®, Gilead Sciences) para o tratamento de pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo (HR+), HER2-negativo (IHC 0, IHC 1+ ou IHC 2+/ISH–), irressecável, localmente avançado ou metastático, que receberam terapia endócrina prévia e pelo menos duas terapias sistêmicas adicionais no cenário metastático. A aprovação é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 TROPiCS-02.

O TROPiCS-02 é um estudo global, multicêntrico, aberto, de Fase 3, randomizado, que avalia sacituzumabe govitecana versus quimioterapia de escolha do investigador (eribulina, capecitabina, gencitabina ou vinorelbina) em 543 pacientes com câncer de mama metastático HR+/HER2-negativo previamente tratados com terapia endócrina, inibidor de CDK4/6 e duas a quatro linhas de quimioterapia para doença metastática.

O endpoint primário é a sobrevida livre de progressão (SLP) por RECIST 1.1, conforme avaliado por revisão central independente cega (BICR) para participantes tratados com sacituzumabe govitecana em comparação com aqueles tratados com quimioterapia. Os endpoints secundários incluem sobrevida global, taxa de resposta global, taxa de benefício clínico e duração da resposta, bem como avaliação de segurança, tolerabilidade e medidas de qualidade de vida.

No estudo, a negatividade de HER2 foi definida de acordo com os critérios da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e do College of American Pathologists (CAP) como pontuação de imuno-histoquímica (IHC) de 0, IHC 1+ ou IHC 2+ com uma hibridização in-situ negativa (ISH).

Os resultados do TROPiCS-02 demonstraram que sacituzumabe govitecana conferiu um benefício de sobrevida global (SG) estatisticamente e clinicamente significativo de 3,2 meses em comparação com a quimioterapia de agente único (tratamento de escolha do médico; TPC) (mediana de SG: 14,4 meses vs. 11,2 meses; hazard ratio [HR] = 0,79; 95% CI: 0,65-0,96; p = 0,02). Sacituzumabe govitecana também demonstrou uma redução de 34% no risco de progressão da doença ou morte (mediana de SLP: 5,5 versus 4,0 meses; HR: 0,66; 95% CI: 0,53-0,83; p=0,0003). Três vezes mais pacientes tratados com o ADC estavam livres de progressão em um ano em comparação com pacientes tratados com quimioterapia (21% versus 7%).

Sacituzumabe govitecana também melhorou significativamente as medidas de desfecho secundário adicionais, incluindo a taxa de resposta objetiva e o tempo de deterioração (TTD) avaliados pela escala Global Health Status/Quality of Life and Fatigue de acordo com o EORTC-QLQ-C30. Não foi observada diferença estatisticamente significativa no TTD na Escala de Dor.

“Apesar de décadas de avanços, as pessoas que vivem com câncer de mama metastático HR+/HER2-negativo pré-tratado precisam de novas opções de tratamento. Quase todas as pessoas com esse tipo de câncer de mama acabam desenvolvendo resistência às terapias endócrinas e progressão às quimioterapias disponíveis”, disse Hope S. Rugo, diretora de oncologia da mama e educação em ensaios clínicos na UCSF Helen Diller Family Comprehensive Cancer Center, EUA e principal investigadora do estudo TROPiCS-02. “Esta aprovação é significativa para a comunidade de câncer de mama. Tivemos opções limitadas para oferecer aos pacientes após terapia endócrina e quimioterapia, e ver um benefício de sobrevida clinicamente significativo de mais de três meses com um benefício de qualidade de vida para essas mulheres é excepcional”, acrescentou.

O perfil de segurança para sacituzumabe govitecana Trodelvy foi consistente com estudos anteriores, sem novos sinais de segurança identificados nesta população de pacientes. No TROPiCS-02, as reações adversas graves mais frequentes (>1%) foram diarreia (5%), neutropenia febril (4%), neutropenia (3%), dor abdominal, colite, colite neutropênica, pneumonia e vômito (cada 2 %). As anormalidades laboratoriais de grau 3-4 mais comuns (incidência ≥25%) foram neutrófilos e leucócitos reduzidos. Nenhum paciente tratado com Trodelvy apresentou doença pulmonar intersticial.

Esta revisão foi conduzida pela FDA sob o Projeto Orbis e recebeu revisão prioritária. O estudo TROPiCS-02 está registrado em ClinicalTrials.Gov, NCT03901339.


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