Com o objetivo de melhorar o acesso à assistência oncológica de qualidade, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO®) reflete sobre o custo do câncer e modelos inovadores, com foco em países de baixa e média renda (LMICs, da sigla em inglês). A iniciativa marca a realização do World Cancer Congress, de 18 a 20 de outubro, em Genebra, e é objeto de uma série especial do JCO Global Oncology, que tem como editor-chefe o brasileiro Gilberto Lopes (foto). Entre os destaques, a importância de integrar cuidados paliativos na prática oncológica padrão, assim como o esforço de garantir o fornecimento de medicamentos essenciais para todos os pacientes, independentemente da configuração de recursos.
A série especial inclui oito artigos dedicados a esforços colaborativos para melhorar o atendimento ao paciente, particularmente aqueles em LMICs. Ao lado da ênfase na integração de cuidados paliativos, a publicação apresenta uma metodologia que se propõe a fortalecer abordagens multidisciplinares em contextos de baixa e média renda.
A edição também destaca como as tecnologias de diagnóstico molecular podem fechar a lacuna global da patologia do câncer e mostra 10 passos para projetar um aplicativo que se propõe a reduzir o impacto psicossocial do teste do papilomavírus humano em LMICs, com base em uma abordagem centrada no usuário.
Publicada online 17 de outubro. a série especial do JCO Global Oncology reporta ainda como lições aprendidas com a pandemia de COVID-19 são replicáveis e têm o potencial de aumentar o controle do câncer.
Prioridade global
No World Cancer Congress, a plenária de abertura promete reforçar o apelo aos cuidados paliativos como prioridade global para o cuidado oncológico. (Integration of Palliative Care into Standard Oncology Care: Is it working?) Afinal, que progresso foi feito no campo e o que mudou desde o apelo da ASCO em 2012 para garantir a todos os pacientes com câncer acesso a um programa de cuidados paliativos?
Para apoiar a expansão da pesquisa em câncer na África, a conferência mundial destaca memorando de entendimento recém firmado entre a ASCO e a Organização Africana para Pesquisa e Treinamento em Câncer (AORTIC). O assunto é tema de apresentação de Julie R. Gralow, Chief Medical Officer da ASCO (Increasing Diversity, Market Access, and Capacity in Oncology Registration Trials – Is Africa the Answer?).
