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AtualizadoSex, 10 Maio 2024 9pm

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Estudo brasileiro analisa interação entre microbioma e câncer de endométrio

patricia ferreira jpgPatrícia Alves Sbragi (foto), oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é autora de estudo que analisa como a composição da microbiota influencia tanto na prevenção do câncer de endométrio, quanto na obtenção de melhores resultados terapêuticos e de qualidade de vida durante o tratamento da doença.

“Nesta revisão, o objetivo foi compreender os mecanismos de interação entre microbiota intestinal e o trato ginecológico, avaliando as perspectivas futuras através da modificação do padrão alimentar, do uso de prebióticos, probióticos e de transplante fecal, tanto na prevenção como durante o tratamento de pacientes com neoplasia endometrial”, descreve a publicação.

Em artigo no International Journal of Nutrology, a autora reúne evidências indicando que um intestino com microbiota saudável tem espécies do filo Bacteroidetes (B) e Firmicutes (F) em mais de 90% de sua composição, em uma proporção que de forma equilibrada tem sido associada à homeostase do microbioma intestinal. Inversamente, a disbiose leva a alterações na barreira bacteriana intestinal e vaginal, promovendo a inflamação crônica e metabólica, com alterações hormonais que influenciam a carcinogênese de tumores ginecológicos.

Na prática, significa que nosso padrão alimentar faz toda a diferença. “A forma como comemos influencia diretamente o perfil da flora bacteriana do nosso organismo e a produção de substâncias que podem funcionar como supressores de tumores ou oncogênicos”, resume a autora. A revisão também demonstra que a quimioterapia empregada no tratamento do câncer endometrial também pode alterar a composição da microbiota intestinal e influenciar a eficácia terapêutica, assim como os efeitos tóxicos e a qualidade de vida desses pacientes.

É nesse contexto que a modulação do microbioma aparece como estratégia promissora, através do uso de probióticos, prebióticos, transplante fecal e dieta.

O câncer de endométrio representa a oitava causa de câncer em mulheres no Brasil e 6.540 novos casos são esperados para cada ano do triênio 2020-2022, segundo dados do INCA.

A íntegra do artigo está disponível em acesso aberto.

Referência: Sobstyl, Małgorzata, Peet Brecht, Anna Sobstyl, Paulina Mertowska, and Ewelina Grywalska. 2022. "The Role of Microbiota in the Immunopathogenesis of Endometrial Cancer" International Journal of Molecular Sciences 23, no. 10: 5756. https://doi.org/10.3390/ijms23105756 


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