No sistema suplementar, existe ainda a cultura de valorizar a doença e não a prevenção e promoção de saúde. “Garantimos a cobertura ao tratamento, agora temos que partir para outro lugar e batalhar pela garantia da prevenção”, diz a presidente da ANS, Martha Regina de Oliveira (foto). Um levantamento realizado para discutir incorporação de tecnologia analisou a ressonância magnética. Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que não têm restrição de acesso, realizam em média 40 ressonâncias para cada mil pessoas por ano. No Brasil, a saúde suplementar realiza o dobro - 80 ressonâncias para cada mil habitantes por ano – o que denuncia um modelo fortemente ancorado na tecnologia, o que não se traduz em resolutividade. “Era para a gente estar 'arrebentando', com resultados de mortalidade muito menores que os países desenvolvidos”, diz Martha.