CASPIAN analisa benefício clínico de longo prazo e fatores prognósticos no câncer de pulmão
No ensaio CASPIAN de fase III, a adição de durvalumabe ao padrão de platina-etoposide (D+EP) melhorou significativamente a sobrevida global (HR 0,73) de pacientes com câncer de pulmão pequenas células escamoso (ES-CPPC), com benefício sustentado após> 2 anos de seguimento médio (HR 0,75), indicando que 22% dos pacientes estavam vivos aos 24 meses. Nova análise apresentada no ESMO 2020 mostrou resultados de longo prazo e explorou a relação entre carga mutacional do tumor (TMB) e os resultados de eficácia na população ITT.
Pacientes com câncer de ovário avançado recém-diagnosticadas estão em alto risco de recidiva. Dados de 5 anos de seguimento do ensaio SOLO1 reportados no ESMO 2020 mostram que a terapia de manutenção com olaparibe teve impacto significativo na sobrevida livre de progressão (56 meses versus 14 meses), com redução de 63% no risco de recorrência ou morte entre pacientes que alcançaram resposta completa no tratamento de primeira linha, com perfil de segurança que permaneceu favorável.
A recidiva de SNC é comum no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) e reconhecidamente um fator de mau prognóstico. No cenário do CPCNP ressecado EGFR mutado, o impacto do tratamento nos locais de recorrência tem papel-chave, contexto que motivou ensaio de Fase III com osimertinibe nessa população de pacientes. Análise exploratória apresentada na ESMO 2020 (LBA1) por Masahiro Tsuboi (foto) mostrou benefício de osimertinibe no controle da doença, com redução de 82% no risco de recorrência no SNC ou morte. Os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine.
O ensaio clínico aberto de Fase III (PROfound ) alcançou seu principal endpoint e mostrou que olaparibe prolongou a sobrevida livre de progressão radiográfica em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) em progressão da doença e com alterações em BRCA1, BRCA2 e ATM. Agora, apresentou na ESMO 2020 os dados finais de sobrevida global, principal endpoint secundário. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine (NEJM).
Bruna Raphaeli Mattos (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, é primeira autora de estudo multicêntrico que buscou avaliar os fatores prognósticos em pacientes com câncer anal metastático, com foco nos resultados de pacientes infectados pelo HIV. O trabalho foi selecionado para apresentação em poster no ESMO Virtual Congress 2020.
Estudo apresentado no ESMO 2020 demonstrou que a adição do anti-PD-L1 avelumabe aos melhores cuidados de suporte (BSC) como terapia de manutenção prolongou significativamente a sobrevida global em comparação com BSC isolado em pacientes com câncer urotelial cuja doença não progrediu à quimioterapia de primeira linha. Os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine.
No estudo de Fase III PACIFIC o uso de durvalumabe melhorou a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estágio III irressecável sem progressão da doença após quimiorradioterapia concomitante. Na ESMO 2020 análises exploratórias atualizadas apresentam resultados de sobrevida em 4 anos, incluindo a primeira estimativa de SG mediana para o braço durvalumabe.