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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

ASPIRE: carfilzomibe mostra benefícios em mieloma múltiplo

Multiple_myeloma__2__HE_stain_NET_OK.jpgUm dos destaques deste ano da 56ª conferência da sociedade americana de hematologia (ASH), o estudo ASPIRE tem agora seus resultados finais publicados no New England, confirmando o benefício da combinação de carfilzomibe, lenalidomida e dexametasona em pacientes de mieloma múltiplo refratários ou resistentes a outras linhas de tratamento.

O artigo de A. Keith Stewart e colegas foi publicado na edição online de 6 de dezembro e descreve a investigação de fase III, que considerou 792 pacientes para receber carfilzomibe, lenalidomida e dexametasona (braço carfilzomibe) versus lenalidomida e dexametasona (braço controle). O estudo alcançou o desfecho primário, com aumento significativo na sobrevida livre de progressão (SLP), com mediana de 26,3 meses versus 17,6 meses no grupo controle ( taxa de risco de progressão ou morte, 0,69; intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,57-0,83; P = 0,0001).
 
Carfilzomibe é um inibidor do proteassoma que atua seletivamente e demonstra eficácia em pacientes com MM recorrente ou refratário a outras linhas de tratamento. Nos Estados Unidos, o regime com carfilzomibe foi aprovado para uso nesse subgrupo de pacientes, com base em um estudo de fase II que demonstrou a vantagem do medicamento nesta população, com aumento da taxa de resposta geral de 23,7%. 

Métodos e resultados

Entre julho de 2010 e março de 2012, os pesquisadores selecionaram 792 pacientes de 20 centros de investigação, previamente tratados com uma média de dois regimes anteriores. A idade média foi de 64,0 anos (variação: 31,0-91,0). Os pacientes foram aleatoriamente designados para ingressar no braço carfilzomibe ou no braço controle.
 O principal endpoiint do estudo foi a sobrevida livre de progressão. Como desfechos secundários foram considerados sobrevida global (SG), taxa de resposta global (TRG), a duração da resposta  e qualidade de vida.A mediana de sobrevida global não foi atingida. As taxas de sobrevida global foram de 73,3% e 65,0% nos grupos carfilzomibe e controle, respectivamente (razão de risco para morte, 0,79; 95% CI, 0,63-0,99; P = 0,04).
 
As taxas de resposta global (resposta parcial ou superior) foram de 87,1% e 66,7% nos grupos carfilzomibe e de controle, respectivamente (P <0,001) e de 31,8% e 9,3% dos pacientes nos respectivos grupos tiveram  resposta completa ou superior.
 
Em conclusão, o estudo ASPIRE demonstrou que a adição de carfilzomibe à lenalidomida e dexametasona em pacientes com mieloma múltiplo refratário resultou em uma melhoria estatisticamente significativa e clinicamente significativa na sobrevida livre de progressão, com perfil de segurança bastante aceitável.
 
Os eventos adversos de grau 3 ou superior foram relatados em 83,7% e 80,7% dos pacientes do carfilzomibe e do grupos  controle, respectivamente, e foram consistentes com os perfis de toxicidade dos três agentes; 15,3% e 17,7% dos pacientes interromperam o tratamento deve devido a eventos adversos. Os pacientes no grupo carfilzomibe relataram maior qualidade de vida (NCT01080391).
 
Referências:
Carfilzomib, Lenalidomide, and Dexamethasone vs Lenalidomide and Dexamethasone in Patients (Pts) with Relapsed Multiple Myeloma: Interim Results from ASPIRE, a Randomized, Open-Label, Multicenter Phase 3 Study
 
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1411321


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