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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Atrasos na cirurgia e impacto na sobrevida no câncer de esôfago

Os atrasos na cirurgia para câncer de esôfago avançado, como os implementados nos primeiros meses da pandemia de COVID-19, resultaram em uma redução de 45% na taxa de sobrevida relativa dos pacientes em comparação com aqueles que foram submetidos à cirurgia precoce. É o que mostra pesquisa realizada pelo American College of Surgeons, com resultados que fornecem informações para os médicos sobre como priorizar pacientes com câncer de esôfago agora que a pandemia está mais controlada e como alocar recursos em futuros surtos de COVID-19.

Atrasos na cirurgia para câncer de esôfago não parecem ter muito impacto na sobrevida relativa dos pacientes com câncer em estágio inicial em comparação com pacientes que foram operados precocemente, mas reduziram a taxa de sobrevida relativa em quase metade para pacientes com doença mais avançada, como aponta análise do National Cancer Database (NCDB). A pesquisa foi reportada no Journal of the American College of Surgeons (JACS) e é um dos primeiros estudos a examinar o impacto de um atraso prolongado de três meses na esofagectomia para câncer de esôfago.

Os pesquisadores compararam a sobrevida de pacientes com doença em estágio I que tiveram cirurgia precoce – isto é, dentro de quatro semanas após o diagnóstico – versus cirurgia tardia em 12 a 16 semanas após o diagnóstico. Para pacientes com câncer de esôfago estágio II/III, a análise comparou os resultados, após quimiorradiação oportuna até quatro semanas após o diagnóstico, de esofagectomia precoce (nove a 17 semanas após o diagnóstico) versus cirurgia tardia (21 a 29 semanas após). A correspondência de pontuação de propensão foi usada para criar dois subgrupos de comparação dentro de cada grupo de estadiamento: 134 no subgrupo Estágio I e 130 em cada subgrupo de Estágio II/III.

Os resultados mostram que a taxa de sobrevida relativa em cinco anos foi semelhante para pacientes com doença estágio I que tiveram cirurgia precoce e tardia: 65% (55,2-73,2%) e 65,1% (55,6-73,1%), respectivamente (p = 0,50). No entanto, para pacientes com doença em estágio II ou III, a cirurgia tardia foi associada a pior sobrevida quando comparada à cirurgia precoce. A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para pacientes com câncer em estágio II/III que receberam cirurgia tardia foi cerca de 45% pior do que aqueles que tiveram cirurgia precoce: 22,9% (14,9–31,8%) versus 41,6% (32,1–50,8%), respectivamente (p=0,006).

“O atendimento oportuno deve ser sempre a prioridade para os pacientes”, disse o autor sênior, Chi-Fu Jeffrey Yang, cirurgião do Massachusetts General Hospital em Boston e professor assistente de cirurgia na Harvard Medical School. “No entanto, houve momentos durante a pandemia de COVID-19 em que ocorreram atrasos no tratamento do câncer. Este estudo, usando dados pré-pandemia, nos ajuda a entender o impacto do atraso no atendimento de pacientes com diferentes estágios de câncer de esôfago operável”, esclareceu. 

Referência: Early Versus Delayed Surgery for Esophageal Cancer During the COVID-19 Pandemic. Journal of American College of Surgeons. DOI: 10.1097/XCS.0000000000000133


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