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AtualizadoQua, 27 Mar 2024 5pm

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Daichii Sankyo

 

Robótica e risco cirúrgico

img_329636_fotos_2012_intuitive_surgical_inc_NET_OK.jpgPesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, descobriram que o risco de dano ao paciente aumentou duas vezes em 2006, ano em que os hospitais de ensino de todo o país abraçaram a cirurgia robótica minimamente invasiva para o câncer de próstata. Os resultados do estudo foram publicados na edição online de 2 de julho do JAMA.

O estudo foi liderado pelo cirurgião oncológico Kellogg Parsons e analisou como a rápida adoção de uma nova tecnologia cirúrgica, neste caso a robótica, pode levar a eventos adversos para os pacientes. "Há uma necessidade real de programas de treinamento e de regras para avaliar tanto a competência do cirurgião quanto as diretrizes para credenciar um hospital a levar novas tecnologias para os centros cirúrgicos, principalmente quando falamos de hospitais de ensino e hospitais comunitários", disse o oncocirurgião e primeiro autor da investigação.

Em 2003, havia uma estimativa de 617 prostatectomias realizadas por robótica minimamente invasiva (MIRPs) nos Estados Unidos. Até 2009, este número aumentou para 37.753 procedimentos. Em 2006, os pacientes eram duas vezes mais propensos a experimentar um evento adverso em cirurgias por MIRPs em comparação ao procedimento tradicional por cirurgia aberta.

"A tendência observada aqui não é novidade para a cirurgia robótica. O mesmo fenômeno ocorreu com a mudança para abordagens minimamente invasivas em cirurgias de vesícula e cirurgias renais e isso foi bem documentado para melhorar a segurança e os resultados", analisou Christopher Kane, professor de cirurgia da Universidade da Califórnia. "Sempre que uma nova tecnologia é adotada, há um período transitório em que pode aumentar o risco para o paciente.

Kane acrescentou que a prostatectomia robótica realizada por cirurgiões experientes provou ser benéfica para o paciente, mas deu ênfase à importância da curva de aprendizagem. "A responsabilidade de implantação de uma tecnologia cirúrgica deve incluir a responsabilidade de monitorá-la para realmente garantir a segurança", acrescentou.

A equipe de San Diego tem utilizado um instrumento de avaliação, os Indicadores de Segurança do Paciente, para desenvolver uma amostra de dados com caráter nacional para analisar o desempenho da prostatectomia por robótica e os eventos adversos cirúrgicos no período de 2003 a 2009. Os dados serão comparados com os dados publicados pela Intuitive Surgical Inc., o fabricante do sistema robótico da Vinci.

"Um sistema de monitoramento independente, continuamente atualizado para avaliar a adoção de uma nova tecnologia cirúrgica também é essencial. Estimativas anteriores sobre a prostatectomia robótica foram fornecidas exclusivamente pelo fabricante do robô, o que explica porque a técnica foi superestimada e adotada com grande velocidade pela comunidade cirúrgica", disse o pesquisador.

 


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