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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

NCCN 2022 discute progressos e desafios no tratamento do melanoma

genevieve boland bxA conferência anual da NCCN, a National Comprehensive Cancer Network, destacou análise de Genevieve Boland (foto), do Massachusetts Medical Center, indicando que apesar dos progressos nas taxas de sobrevida de pacientes com melanoma, ainda é preciso avançar nos cenários adjuvante e neoadjuvante.

De acordo com a especialista, a taxa de sobrevida entre pacientes com doença metastática saltou de 25% em 1 ano para 50%, em 2017, refletindo essencialmente a chegada de novos agentes terapêuticos, como os inibidores de BRAF/MEK e os inibidores de checkpoint imune. No entanto, Boland ressaltou que apesar da clara tendência de ganho de sobrevida, muitos profissionais envolvidos na linha de cuidados em câncer ainda têm dúvidas sobre como usar terapias adjuvantes para pacientes com melanoma em estágio III e IV.

No cenário adjuvante, ipilimumabe recebeu a primeira aprovação do FDA em 2014, mas o prescritor foi cauteloso. “Havia muita toxicidade, o que era difícil de justificar em um ambiente adjuvante ou de redução de risco”, observou Boland. Desde então, uma comparação direta entre 3 mg do anti PD-1 nivolumabe e 10 mg de ipilimumabe (o estudo CHECKMATE-238) favoreceu o uso de nivolumabe, tanto pela sobrevida livre de recorrência superior, quanto pelo perfil de toxicidade.

Em dezembro de 2021, a agência norte americana FDA aprovou pembrolizumabe como terapia adjuvante, com base nos resultados do estudo KEYNOTE-716 apresentado na ESMO 2021 e publicado agora 31 de março no Lancet, em artigo de Luke et al (DOI:https://doi.org/10.1016/S0140-6736(22)00562-1).

Na configuração neoadjuvante com intenção curativa, um modelo com aplicação clínica veio dos resultados do ensaio PRADO, em 2020, que combinou nivolumabe e ipilimumabe antes da ressecção. Os pacientes que alcançaram resposta patológica completa ou quase completa, não foram submetidos a nenhuma cirurgia adicional. Outros foram abordados apenas cirurgicamente, enquanto pacientes com menor resposta foram submetidos à cirurgia mais terapia adjuvante adicional. “Isso realmente mostra parte do poder dessas abordagens neoadjuvantes para refinar e personalizar o atendimento que damos aos nossos pacientes”, disse Boland. Agora, ela e outros especialistas que participaram da sessão de melanoma do NCCN 2022 afirmam que o próximo desafio é maximizar as estratégias neoadjuvantes.

Boland também enfatizou o papel da cirurgia. "Estamos pensando cada vez mais em como integrar a cirurgia não apenas para cuidados paliativos ou controle de sintomas, mas também para benefício clínico em pacientes com doença estável", afirmou.

A conferência NCCN 2022 foi realizada em formato online, de 31 de março a 2 de abril.

Referência: Management of patients with advanced melanoma - Genevieve Boland - NCCN 2022, 1º de abril de 2022

 

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