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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Tomossíntese digital x mamografia tradicional

Mama_News_1.jpgEstudo publicado pelo JAMA (vol, nº) mostra que a mamografia tridimensional (3D), também conhecida como tomossíntese digital, detecta mais tumores invasivos do que a mamografia tradicional, além de reduzir os pedidos de exames de imagem adicionais. Este é o maior estudo relatado até o momento para medir a eficácia da mamografia 3D, com quase meio milhão de mulheres. Os resultados podem levar a uma mudança no padrão de atendimento para a triagem de câncer de mama.

"É um avanço bastante significativo na mamografia, ainda mais importante para as mulheres do que a conversão da mamografia em filme para a mamografia digital", disse o líder da investigação, Emily F. Conant, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina de Perelman na Universidade da Pensilvânia. "A mamografia 3D foi capaz de detectar o câncer de mama mais cedo, o que é central para que as mulheres tenham mais opções de tratamento e, finalmente, melhores resultados", destacou.

Os pesquisadores descobriram que a tomossíntese mostrou superioridade de 41% no rastreamento dos casos de câncer mais invasivo em comparação com a mamografia digital isoladamente. O uso de tomossíntese também reduziu em 15% o número de mulheres chamadas para testes adicionais. Não houve vantagens na detecção dos tumores in situ, com dados semelhantes aos da mamografia tradicional.

O desenho do estudo

No estudo retrospectivo realizado entre 2010 e 2012, um total de 454 850 exames (n = 281 187 mamografia digital; n = 173 663 mamografia digital + tomossíntese) foram avaliados. Com mamografia digital, 29 726 pacientes foram selecionadas para recall e 5.056 biópsias resultaram no diagnóstico de câncer em 1207 pacientes (n = 815 invasivo, n = 392 in situ). Com a mamografia digital + tomossíntese, 15 541 pacientes foram selecionadas para investigações complementares e 3.285 biópsias resultaram no diagnóstico de câncer em 950 pacientes (n = 707 invasivo, n = 243 in situ).

As taxas ajustadas para recall foram de 107 (95% CI, 89-124) para a mamografia digital versus 91 (95% CI, 73-108) para a mamografia digital associada à tomossíntese, com diferença estatisticamente significativa (p <0,001).

A mamografia digital convencional é a forma mais amplamente utilizada para a triagem do câncer de mama, mas pode produzir falsos positivos. A tomossíntese, no entanto, permite a reconstrução do tecido mamário em três dimensões, dando aos radiologistas uma visão mais clara do tecido mamário, mesmo em mulheres mais jovens e com tecido mamário mais denso. Em 2011, a tomossíntese foi aprovada nos Estados Unidos pelo FDA para uso em combinação com a mamografia digital padrão para o rastreio do câncer da mama.

Para biópsias, as taxas foram de 18,1 para a mamografia digital (IC 95%, 15,4-20,8) versus 19,3 para a mamografia digital + tomossíntese (IC 95%, 16,6-22,1; p = 0,004). As taxas que apontam a acurácia na detecção de câncer são de 4,2 para a mamografia digital (95% CI, 3,8-4,7) versus 5.4 para a mamografia digital + tomossíntese (95% CI, 4,9-6,0; p <0,001).

A combinação de tomossíntese e mamografia convencional foi associada com um aumento no valor preditivo de recall de 4,3% para 6,4% (diferença de 2,1%, IC 95%, 1,7% -2,5%, P <0,001) e para a biópsia de 24,2% para 29,2% (diferença, 5,0%, IC 95%, 3,0% -7,0%, P <0,001).

O estudo foi tema do ASCO Post e recebeu financiamento da Hologic.

Referência: http://jama.jamanetwork.com


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