Assédio sexual contra oncologias, qual a incidência?

assedio bxEstudo prospectivo que procurou avaliar o impacto do assédio sexual contra oncologistas clínicos no local de trabalho reportou resultados online em artigo de Subbiah et al. no Journal of Clinical Oncology.

Neste estudo transversal prospectivo, os pesquisadores analisaram dados de 271 entrevistados, todos oncologistas clínicos nos Estados Unidos, avaliados por medidas rigorosas, considerando assédio de gênero, atenção sexual indesejada, coerção sexual e senso de segurança no local de trabalho.

Os resultados mostram que a maioria dos 271 entrevistados relatou a ocorrência de um ou mais episódios de assédio sexual no último ano por pares institucionais e/ou superiores (70%, n = 189) e por pacientes e/ou familiares (53% geral, n = 143).  

As mulheres oncologistas foram mais afetadas do que homens e o assédio foi associado a um impacto negativo na saúde mental, satisfação no trabalho e intenções de rotatividade entre homens e mulheres entrevistados.

“Este estudo caracteriza sistematicamente a experiência dos oncologistas com assédio sexual no local de trabalho e demonstra incidência substancial ao longo de um ano, revelando a necessidade de medidas preventivas e protetoras eficazes”, destacam os autores.

 

Referência: Incidence, Nature, and Consequences of Oncologists' Experiences With Sexual Harassment - Ishwaria M. Subbiah; Merry Jennifer Markham; Stephanie L. Graff; Laurie B. Matt-Amaral; Julia L. Close; Kent A. Griffith; and Reshma Jagsi - DOI: 10.1200/JCO.21.02574 Journal of Clinical Oncology - Published online January 28, 2022.