SUS incorpora inibidores de ciclinas no tratamento do câncer de mama

andre mattar jpgA Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) decidiu rever sua recomendação preliminar e incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) os inibidores de ciclinas (CDK 4/6) ribociclibe, abemaciclibe e palbociclibe para o tratamento de pacientes adultas com câncer de mama avançado ou metastático receptor hormonal positivo (HR+), HER2-negativo. O mastologista André Mattar (foto), responsável pelo Núcleo de Oncologia Clínica do Hospital Pérola Byington, em São Paulo, comenta a decisão, informada dia 10 de novembro durante a 103ª Reunião da Comissão.

A incorporação foi tema de Consulta Pública (Conitec/SCTIE nº 77/2021 nº 77) que considerou contribuições técnicas e da sociedade civil.

Os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e succinato de ribociclibe) demonstraram eficácia e segurança nessa população de pacientes, como primeira ou segunda linha, na pré e pós-menopausa.

“Hoje, temos cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama ao ano, e 65% deles são luminais (aproximadamente 42 mil novos casos). Destes, cerca de 5% são metastáticos ao diagnóstico (2100 casos), e cerca de 30% desenvolvem câncer metastático em 5 anos (126 mil). Portanto, em 5 anos teríamos quase 130 mil pacientes elegíveis para o tratamento anualmente”, calcula Mattar.