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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Variante R337H no gene TP53 no perfil genômico do tumor e testagem para síndrome de Li-Fraumeni

renata sandoval bxEstudo brasileiro publicado no JCO Global Oncology buscou avaliar a frequência da variante p.R337H no gene TP53 em sequenciamento genético de tumores. Essa variante está associada a síndrome de Li-Fraumeni em pacientes brasileiros. Renata Lazari Sandoval (foto), médica geneticista do Hospital Sírio Libanês, em Brasília, é primeira autora do trabalho.

A síndrome de Li-Fraumeni (LFS) é rara na população mundial, mas é altamente prevalente na população brasileira devido a uma variante patogênica fundadora, TP53 p.R337H, presente em 0,3% da população do sul e sudestedo país. Os critérios clínicos para LFS podem não identificar todos os indivíduos em risco de serem portadores da variante devido à sua penetrância incompleta e expressividade variável.

A variante raramente é descrita em bancos de dados de variantes somáticas, e quando descrita no perfil molecular do tumor pode auxiliar na identificação de potenciais portadores de LFS e permitir a adoção de estratégias de redução de risco para o câncer.

No estudo, os pesquisadores avaliaram uma coorte retrospectiva (janeiro de 2013 a março de 2020) para determinar a frequência da variante TP53 p.R337H no perfil genômico de tumores de 755 pacientes.

A variante p.R337H no gene TP53foi encontrada em 2% (15 de 755) das amostras. A frequência alélica variou de 30% a 91,7%. Um total de sete pacientes foram encaminhados para aconselhamento genético e testagem genética de linhagem germinativa após a divulgação dos resultados do perfil genômico do tumor. Todos os pacientes que realizaram o teste de linhagem germinativa (6 de 6) confirmaram o diagnóstico da síndrome de Li-Fraumeni. A história familiar estava disponível para revisão em 12 casos. Nove pacientes (9 de 12) não preenchiam critérios clínicos de suspeição para a síndrome.

A identificação da variante p.R337H no gene TP53 no perfil genômico de tumores deve ser um achado preditivo de LFS na população brasileira. Esses casos devem ser encaminhados para aconselhamento genético e testagem germinativa.

"Os profissionais de saúde envolvidos no tratamento do câncer precisam estar cientes de que os pacientes com ascendência brasileira e com identificação da variante p.R337H no gene TP53 em testes somáticos devem ser encaminhados para aconselhamento genético e teste de linhagem germinativa para investigação da síndrome de Li-Fraumeni, mesmo para pacientes que não preencham os critérios clínicos clássicos da síndrome", concluíram os autores.

Referência: Identification of the TP53 p.R337H Variant in Tumor Genomic Profiling Should Prompt Consideration of Germline Testing for Li-Fraumeni Syndrome - Renata Lazari Sandoval, MD et al – DOI: 10.1200/GO.21.00097 JCO Global Oncology no. 7 (2021) 1141-1150. Published online July 16, 2021.

 

 

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