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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Estudo não mostra benefício da cardioproteção no tratamento adjuvante do câncer de mama

cardiotoxicidade NET OKDrogas cardioprotetoras empregadas durante o tratamento adjuvante do câncer de mama inicial não protegem contra o declínio da função cardíaca a longo prazo. É o que apontam novos dados do ensaio PRADA apresentados 16 de maio no encontro do Colégio Americano de Cardiologia (ACC 21) e publicados simultaneamente na Circulation, em acesso aberto.

Neste estudo de centro único, Heck et al. avaliaram o impacto de longo prazo da terapia com candesartana cilexetila (32 mg) ou sucinato de metoprolol (100 mg) isoladamente ou em combinação, versus placebo, na prevenção da diminuição da função cardíaca e da lesão miocárdica.

Os pesquisadores consideraram 120 pacientes com câncer de mama inicial recebendo quimioterapia adjuvante contendo antraciclina, randomizados 1: 1: 1: 1 para os quatro braços de tratamento. O endpoint primário foi a mudança na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) avaliada por ressonância magnética cardíaca.

Os resultados reportados mostram que em um acompanhamento médio de 23 meses, nenhuma diferença entre os grupos foi observada na análise por intenção de tratar. O declínio geral da FEVE foi de 1,7% e 1,8% em pacientes que tomaram e não tomaram candesartana e foi de 1,6% e 1,9% naqueles que tomaram e não tomaram metoprolol. Os resultados foram semelhantes para doses baixas versus altas doses de antraciclina.

Em relação aos desfechos secundários, o volume diastólico final foi reduzido com candesartana (em 5 ml) vs. um aumento de 2 ml sem candesartana, enquanto o volume sistólico final aumentou em pacientes que não tomaram candesartana (3 ml vs. 0 ml). Nenhum efeito foi observado nas troponinas cardíacas. O declínio na deformação longitudinal global foi atenuado com candesartana, mas não com metoprolol.

“Esses achados sugerem que medicamentos cardioprotetores não são necessários durante a terapia adjuvante para pacientes sem fatores de risco cardiovascular preexistentes ou com alto risco cardiovascular”, diz Heck, principal autor do estudo.

Agora, os pesquisadores integram estudo multicêntrico para avaliar os agentes sacubitril/valsartana em pacientes de alto risco, além de conduzir novas análises do estudo PRADA para determinar os fatores que podem aumentar o risco de danos cardíacos na adjuvância do câncer de mama.

“Queremos tentar identificar os pacientes que apresentam maior risco de problemas cardíacos e que podem se beneficiar mais dos medicamentos cardioprotetores”, concluem os autores.

Referência: Prevention of Cardiac Dysfunction During Adjuvant Breast Cancer Therapy (PRADA) Extended Follow-Up of a 2×2 Factorial, Randomized, Placebo-Controlled, Double-Blind Clinical Trial of Candesartan and Metoprolol - Siri Lagethon Heck, Albulena Mecinaj,  Anne Hansen Ree, Pavel Hoffmann, Jeanette Esther Schulz-Menger, Morten Wang Fagerland, Berit Gravdehaug, Helge Røsjø, Kjetil Steine, Jürgen Geisler, Geeta Gulati, and Torbjørn Omland - published https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.121.054698


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