16042024Ter
AtualizadoTer, 16 Abr 2024 7pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

Impacto das mutações BRCA1/2 na eficácia da cirurgia citorredutora secundária

OvarioEstudo publicado no Annals of Surgical Oncology buscou avaliar o impacto da cirurgia citorredutora secundária no câncer de ovário recorrente de acordo com o status BRCA1/2. O oncologista Alexandre André da Costa, médico do A.C.Camargo Cancer Center, é primeiro autor do trabalho.

Os ensaios de fase III que avaliam o papel da cirurgia citorredutora secundária (SCS) no câncer de ovário recorrente têm apontado para a importância da seleção de pacientes. Dois estudos mostraram resultados conflitantes em relação ao benefício do procedimento em pacientes portadoras da mutação BRCA1/2.

Nessa análise, foram incluídas pacientes com carcinoma de ovário recorrente sensível à platina testadas para mutações da linhagem germinativa BRCA1/2. A regressão de Cox e o teste de log rank foram usados ​​para avaliar o impacto da cirurgia citorredutora secundária na sobrevida livre de progressão (SLP) e a influência das mutações BRCA1/2 no efeito da SCS.

Resultados

127 pacientes foram incluídas, 45,6% tratadas com cirurgia citorredutora secundária e quimioterapia e 54,3% tratadas apenas com quimioterapia. As pacientes submetidas ao procedimento cirúrgico eram mais jovens, apresentavam melhor performance status, menor CA125 e maior intervalo sem platina. Na análise multivariada, a cirurgia citorredutora secundária foi associada com sobrevida livre de progressão mais longa (HR 0,42, 95% CI 0,25–0,72, p = 0,002).

Mutações BRCA1/2 foram encontradas em 35 pacientes (27,5%), e 11,8% das pacientes foram tratadas com inibidores de PARP. Embora não seja estatisticamente significativo, tanto as pacientes BRCA1/2 selvagem (SLP: 21,6 vs 18,4 meses; p = 0,114) como as portadoras de mutação BRCA1/2 (SLP: 23,1 vs 18,2 meses, p = 0,193) pareceram derivar benefícios da cirurgia.

“O aspecto interessante dos nossos resultados é apontar para que o benefício da citorredução secundária não seja limitado pela presença de mutações em BRCA1 ou BRCA2, ao menos entre aquelas que não recebem inibidores de PARP posteriormente. Porém, essas são conclusões preliminares e que precisam de confirmação pela análise dos dados dos estudos prospectivos”, conclui Costa.

Referência: Estati, F.L., Pirolli, R., de Alencar, V.T.L. et al. Impact of BRCA1/2 Mutations on the Efficacy of Secondary Cytoreductive Surgery. Ann Surg Oncol (2020). https://doi.org/10.1245/s10434-020-09366-w

 


Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
banner_assine_300x75.jpg
Publicidade
300x250 ad onconews200519