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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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MicroRNAs e câncer de pulmão

cristiano padua barretos bxO oncologista Cristiano de Pádua Souza (foto) é primeiro autor de estudo publicado no periódico Cancers que buscou avaliar o papel de microRNAs como biomarcadores diagnósticos, prognósticos e preditivos no câncer de pulmão. O trabalho é fruto da parceria entre a Universidade Estadual Paulista - Botucatu (UNESP) e o Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor). Patricia Reis, professora associada de oncologia molecular na Unesp, é autora sênior do estudo.

Apesar dos avanços nas estratégias de diagnóstico e tratamento, o câncer de pulmão continua sendo a principal causa de mortes relacionadas ao câncer em todo o mundo. As baixas taxas de sobrevida devem-se principalmente ao diagnóstico tardio e à falta de tratamentos eficazes, o que evidencia a necessidade de identificar novos biomarcadores clinicamente úteis para pacientes em estágio avançado da doença.

No estudo, os pesquisadores realizaram a análise de perfil de expressão de miRNA global utilizando matrizes TaqMan® em tecidos pulmonares normais (n = 38) e tumores de pacientes virgens de tratamento com adenocarcinoma pulmonar (AD; n = 23) e carcinoma pulmonar de células escamosas (SCC; n = 15). Os genes-alvo de miRNA foram validados por meio do conjunto de dados RNA-Seq do The Cancer Genome Atlas (TCGA) de adenocarcinoma pulmonar (n = 561) e carcinoma pulmonar de células escamosas (n = 523).

Resultado

Foram identificados 33 miRNAs significativamente desregulados (variação do tempo, FC ≥ 2,0 ep <0,05) em tumores em comparação com tecidos pulmonares normais, independentemente da histologia do tumor. “Os resultados demonstraram que o câncer de pulmão tem alguns microRNAs com expressão alterada nas células tumorais dos dois principais tipos histológicos (adenocarcinoma e carcinoma escamoso). Vale destacar que um microRNA específico, conhecido como miR-25-3p, tinha seus níveis aumentados nas células tumorais de todos os pacientes que evoluíram ao óbito por câncer de pulmão”, explica Souza.

O oncologista observa que a superexpressão do miR-25-3p pode ter relevância prognóstica para pacientes com adenocarcinoma e carcinoma escamoso de pulmão, e merece ter seu papel prognóstico avaliado e replicado em um estudo com maior número de pacientes. “A confirmação do miR-25-3p como biomarcador prognóstico em estudos futuros pode levar à pesquisas sobre o seu papel como alvo terapêutico e preditor de resposta ao tratamento sistêmico. Nosso estudo apoia dados já existentes na literatura ao identificar microRNAs que modulam fatores de transcrição envolvidos na codificação de oncogenes com papel nas vias de oncogênese do câncer de pulmão”, conclui.

Referência: Souza, C.P.; Cinegaglia, N.C.; Felix, T.F.; Evangelista, A.F.; Oliveira, R.A.; Hasimoto, E.N.; Cataneo, D.C.; Cataneo, A.J.M.; Scapulatempo Neto, C.; Viana, C.R.; Paula, F.E.; Drigo, S.A.; Carvalho, R.F.; Marques, M.M.C.; Reis, R.M.; Reis, P.P. Deregulated microRNAs Are Associated with Patient Survival and Predicted to Target Genes That Modulate Lung Cancer Signaling Pathways. Cancers 2020, 12, 2711.

 


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