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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Relatório anual da AACR destaca avanços na pesquisa e tratamento do câncer

aacr report bxA American Association for Cancer Research (AACR) pubicou a décima edição do Cancer Progress Report, destacando os principais progressos na pesquisa e tratamento do câncer entre 1º de agosto de 2019 e 31 de julho de 2020. Entre os avanços apresentados no relatório estão o número recorde de terapias aprovadas pela agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) nesse período e o papel dos pesquisadores de câncer frente aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19.

Segundo o relatório, 35 tratamentos foram aprovados pela FDA para o tratamento de diversos tipos de câncer, número mais alto já reportado nos últimos 10 anos. Entre os tratamentos estão uma terapia-alvo molecular e uma imunoterapia agnósticas, aprovadas para o tratamento de tumores com um biomarcador genético específico, independentemente do tipo de câncer; o primeiro inibidor da PARP para o tratamento de câncer de próstata e pâncreas; a primeira terapia alvo molecular aprovada para o tratamento do sarcoma epitelioide, um subtipo histológico raro de sarcoma de partes moles; e o primeiro anticorpo droga-conjugado para o tratamento do câncer de mama triplo negativo.

O relatório reforça ainda importância da pesquisa em câncer, defendendo a manutenção de investimentos destinados ao National Institutes of Health (NIH) e ao National Cancer Institute (NCI), e inclui estatísticas de mortalidade e diminuição da população de fumantes nos Estados Unidos. “A taxa de mortalidade por câncer nos EUA diminuiu 29% entre 1991 e 2017, uma redução que salvou 2,9 milhões de vidas. Além disso, a taxa de fumantes entre adultos caiu para menos de 14% em comparação com 42% em 1965, fruto de esforços de educação e iniciativas públicas importantes”, destaca.

COVID-19 e câncer

Em um artigo especial sobre COVID-19 e câncer, o documento reforça a importância da participação de pesquisadores em câncer para ajudar a comunidade científica a entender, detectar, tratar e prevenir a COVID-19. “O National Cancer Institute (NCI) faz parte de um esforço mais amplo dentro do NIH para aumentar a compreensão do COVID-19 e está conduzindo o NCI COVID-19 in Cancer Patients Study (NCCAPS) para obter informações para apoiar o melhor gerenciamento de pacientes com câncer infectados pela COVID-19”, afirmam os autores.

Também são abordados o impacto da pandemia no rastreamento e tratamento do câncer, bem como as perspectivas para os próximos meses. De acordo com o relatório, dados de registros médicos eletrônicos de 190 hospitais em 23 estados mostram que o número de testes de triagem para detecção precoce de câncer do colo do útero, mama e cólon diminuíram 85% ou mais após o primeiro caso COVID-19 relatado nos Estados Unidos. Além disso, 79% dos pacientes em tratamento ativo tiveram que adiar algum aspecto de seus cuidados como resultado do COVID-19. “Os atrasos nos exames e no tratamento do câncer devem levar a mais de 10 mil mortes adicionais por câncer de mama e colorretal na próxima década”, prevê.

Em relação ao impacto da pandemia na pesquisa em câncer, houve uma diminuição de 74% no número de novos pacientes inscritos em ensaios clínicos durante as primeiras duas semanas de maio de 2020 em comparação com o mesmo período em 2019. Desde então, a inscrição em ensaios clínicos aumentou um pouco, mas ainda permanece 30% menor em comparação com o período anterior à pandemia de COVID-19. “Por outro lado, as mudanças realizadas para acomodar e proteger os pacientes em ensaios clínicos durante a pandemia, como o aumento do uso de telemedicina para prestação de cuidados e avaliação dos efeitos colaterais, podem ter um impacto positivo no longo prazo na pesquisa em câncer, melhorando o acesso a esses estudos para um grupo maior e mais diverso de pacientes”, observa.

Para acessar a íntegra do relatório, clique aqui.

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