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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Terapia quimio-hormonal neoadjuvante no câncer de próstata de alto risco

Denis Jardim NET OKA adição de terapia quimio-hormonal à prostatectomia radical melhora os resultados de pacientes com câncer de próstata localizado de alto risco? A questão é tema de estudo de pesquisadores da Alliance publicado online no Journal of Clinical Oncology. "O trabalho demonstra que a terapia com bloqueio androgênico associado ao docetaxel não deve ser considerada como opção de rotina para pacientes com câncer de próstata localizado de alto risco. No entanto, a melhora dos desfechos patológicos e secundários sugere que essa estratégia pode ser melhor estudada para alguns grupos de pacientes", avalia o oncologista Denis Jardim (foto), Coordenador de Pesquisa Clínica do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Este estudo randomizado comparou pacientes tratados com docetaxel por 6 ciclos combinado com terapia de privação androgênica antes da prostatectomia radical (N= 391) com pacientes tratados com prostatectomia radical isoladamente (N=397). O principal endpoint foi a sobrevida livre de progressão bioquímica (SLPB) em 3 anos. A falha bioquímica foi definida como nível sérico de PSA > 0.2 ng/mL em duas ocasiões consecutivas no intervalo de pelo menos 3 meses.

Em um acompanhamento médio de 6,1 anos não foi observada diferença na sobrevida livre de progressão bioquímica em 3 anos entre os braços de neoadjuvância e cirurgia (0,89 v 0,84, respectivamente), assim como não houve diferença de SLPB em 5 anos (0,81 v 0,74, respectivamente). No entanto, os autores observam que 48% dos pacientes (43% no braço neoadjuvante e 52% no braço cirúrgico) receberam tratamento adicional, principalmente radioterapia de salvamento, antes de atingir o nível de PSA considerado para recorrência. Esse fato comprometeu de forma importante o poder para análise do desfecho primário. Apesar de ser um estudo negativo nesse desfecho, foram reportadas vantagens para a terapia neoadjuvante em desfechos secundários de relevância, como sobrevida livre de eventos, sobrevida livre de metástases e sobrevida global.

“Nossos dados não suportam o uso de rotina da terapia quimio-hormonal neoadjuvante em pacientes com câncer de próstata de alto risco clinicamente localizado”, concluem os autores.

O estudo tem apoio do National Cancer Institute dos Estados Unidos e está registrado na plataforma Clinical Trials: NCT00430183.

Referência: Eastham, J. A., Heller, G., Halabi, S., Monk, J. P., Beltran, H., Gleave, M., … Morris, M. J. (2020). Cancer and Leukemia Group B 90203 (Alliance): Radical Prostatectomy With or Without Neoadjuvant Chemohormonal Therapy in Localized, High-Risk Prostate Cancer. Journal of Clinical Oncology, JCO.20.00315. doi:10.1200/jco.20.00315

 


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