18042024Qui
AtualizadoQui, 18 Abr 2024 3pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

Olaparibe mostra sobrevida global no câncer de próstata metastático resistente à castração

EDUARDO ZUCCA BXO inibidor de PARP olaparibe mostrou benefício de sobrevida global em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) com mutação nos genes BRCA1/ 2 e ATM. O resultado foi anunciado dia 24 de abril e cumpre o principal endpoint secundário do ensaio clínico de Fase III PROfound. “O estudo foi dividido em duas coortes, a coorte A, com pacientes com alterações de genes de reparo de DNA bem característicos como BRCA1, BRCA2 e ATM, e a coorte B, com outras mutações não tão bem caracterizadas”, explica o oncologista Eduardo Zucca (foto), coordenador do Departamento de Uro-oncologia e investigador principal do estudo no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor).

Este ensaio de Fase III comparou a eficácia do inibidor de PARP olaparibe (Lymparza®) com o tratamento hormonal de escolha do médico (enzalutamida ou abiraterona) em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) e mutação em genes de reparo da recombinação homóloga (HRRm).

O ensaio PROfound já havia alcançado seu principal endpoint em agosto de 2019, quando demonstrou benefício de sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) nessa população de pacientes. Agora, volta a mostrar resultados positivos, desta vez com benefício clínico e estatisticamente significativo no principal endpoint secundário da sobrevida global (SG) com olaparibe versus enzalutamida ou abiraterona em homens com mCRPC com mutações nos genes BRCA1/2 ou ATM. “O benefício de sobrevida global em pacientes da coorte A que fizeram uso de olaparibe havia sido anunciado em uma análise interina apresentada na ESMO 2019, em Barcelona, onde foi demonstrada uma sobrevida global de 18 meses versus 15 meses em pacientes que fizeram uso da medicação a critério de investigador (p= 0,01, hazard ratio 0,64)”, esclarece Zucca.

As mutações da HRR ocorrem em aproximadamente 20 a 30% dos pacientes com mCRPC1. “Não temos dados sobre a prevalência da mutação de genes de reparo em pacientes com câncer de próstata resistente à castração na população brasileira. O estudo PREVALENCE, da Janssen, está avaliando justamente esse cenário e deve trazer essa informação”, observa o oncologista.

“Estamos empolgados com esses resultados e trabalhando com autoridades reguladoras para levar este medicamento aos pacientes o mais rápido possível”, disse José Baselga, Vice-Presidente Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento em Oncologia da AstraZeneca. Os dados completos serão apresentados em uma próxima reunião médica.

.O estudo PROfound está inscrito na Clinical Trials (ClinicalTrials.gov IdentifierNCT02987543)

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens, com 1,3 milhão de casos novos diagnosticados em todo o mundo em 2018, segundo dados da GLOBOCAN2.

Referências

1 - Mateo, J, et al (2015). DNA-repair defects and olaparib in metastatic prostate cancer. New England Journal of Medicine, 373(18), pp.1697 - 1708.
2 - Bray et al. (2018). Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians, 68(6), pp.394-424. 


Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
banner_assine_300x75.jpg
Publicidade
300x250 ad onconews200519