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AtualizadoQua, 27 Mar 2024 5pm

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Papel prognóstico do microRNA no câncer epitelial de ovário

patricia ferreira bxA oncologista Patrícia Ferreira (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é primeira autora de revisão sistemática com meta-análise de sobrevida global sobre o papel do microRNA no câncer epitelial de ovário como fator prognóstico e preditivo da resposta à quimioterapia. Os resultados foram publicados na Oncotarget.

“Os miRNA têm demonstrado afetar todas as funções do ciclo celular incluindo proliferação, ciclo celular, apoptose e diferenciação, e estão associados a vários tipos de câncer. No câncer de ovário, vários estudos mostram que os miRNAs estão expressos de forma anormal e, desta maneira, podem funcionar como supressores tumorais ou oncogenes. Um dos maiores desafios no tratamento de câncer é o desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos e vários artigos inestigam o papel dos microRNAs relacionados à resistência ao doublet de platina e o desenvolvimento de drogas neste cenário”, esclarece Patrícia. 

Sobre o estudo

No estudo, foram incluídos artigos originais publicados antes de fevereiro de 2019 que tinham como assunto principal a relação entre microRNA (miRNA) e o câncer de ovário, e considerados para inclusão apenas estudos que associaram o microRNA ao diagnóstico, prognóstico ou resposta relacionada à quimioterapia no câncer de ovário.

A pesquisa bibliográfica retornou 1.482 artigos, dos quais 497 preencheram os critérios de inclusão, resultando em 350 miRNAs. O status de cada miRNA foi avaliado no soro e tecido de tumores de ovário, tumores benignos e tecido saudável. O status de regulação positiva/negativa dos miRNAs estava relacionado a características prognósticas (sobrevida global e sobrevida livre de doença) e características preditivas de resposta, como sensibilidade/resistência à platina e ao paclitaxel. Os miRNAs citados três ou mais vezes foram selecionados para análise de características preditivas de resposta e prognósticas. Doze miRNAs preencheram todos esses critérios e foram incluídos na meta-análise de sobrevida global.

“Identificamos miRNAs que podem estar relacionados ao prognóstico, diagnóstico e sensibilidade à quimioterapia. Os 12 miRNAs identificados na metanálise de sobrevida global serão incluídos em projeto de doutorado que já conta com 38 pacientes coletando sangue desde dezembro de 2016 para avaliação dos miRNAs como fatores preditivos de resposta ao tratamento quimioterápico no câncer epitelial de ovário”, explica Patrícia.

“O câncer de ovário é a oitava causa mais comum de câncer no mundo entre as mulheres e a oitava causa de mortalidade. Aproximadamente 75% das pacientes apresentam doença avançada (estádios III e IV) ao diagnóstico, e apenas 20 a 25% delas estarão vivas em 5 anos. Com isso se faz necessário e urgente estudos para definição de biomarcadores diagnósticos, prognósticos e preditivos de resposta à quimioterapia no tratamento do câncer de ovário. Os achados podem melhorar o diagnóstico precoce de câncer de ovário e prever resposta à quimioterapia, e precisam ser validados em estudos prospectivos randomizados”, conclui.

Referência: The prognostic role of microRNA in epithelial ovarian cancer: a systematic review of literature with an overall survival meta-analysis - Patricia Ferreira, Rosimeire Aparecida Roela, Rossana Veronica Mendoza Lopez and Maria Del Pilar Estevez-Diz - Oncotarget. 2020; 11:1085-1095. - https://doi.org/10.18632/oncotarget.27246


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