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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Estratificação de risco no câncer de próstata

carvalhal 19 bx okEstudo que utilizou dados do PLCO Cancer Screening Trial para validar a utilidade prognóstica de uma subclassificação clínica para câncer de próstata de alto risco reportou os resultados em artigo de Butler, S.S. et al. na Cancer. O uro-oncologista Gustavo Carvalhal (foto), do Hospital Moinhos de Vento e da PUC-RS, comenta o trabalho.

Recentemente, os dados de diferentes estudos sobre o câncer de próstata de alto risco (pacientes com escores de Gleason >8, ou PSA >20ng/ml, ou estadiamento T3-4) sugerem que talvez seja possível identificar subgrupos de pacientes com doença de alto risco que apresentem evolução mais favorável, e que talvez estes se beneficiem de uma “desintensificação” do tratamento, especialmente no que tange ao tempo de bloqueio hormonal associado ao tratamento primário com cirurgia ou radioterapia.            

Em um estudo publicado no periódico Cancer em fevereiro de 2020, Butler S. e colaboradores ,do Departamento de Radioterapia da Universidade de Harvard, avaliaram uma coorte de 3.033 pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado de risco intermediário ou de alto do estudo prospectivo Prostate, Lung, Colonic, and Ovarian Cancer (PLCO) submetidos a tratamento cirúrgico ou radioterápico com intenção curativa, com a principal variável de desfecho sendo a mortalidade câncer-específica. A mediana de seguimento do estudo foi de 5,7 anos. Dentre os pacientes com doença de alto risco, os subgrupos com Gleason 8 (4+4) e PSA <10 ng/ml e com Gleason 6 e PSA > 20ng/ml foram chamados de doença de alto risco favorável.

Os pacientes com doença de alto risco favorável apresentaram uma mortalidade câncer específica em 8 anos menor do que os com doença de alto risco padrão (2,2% vs. 10,8%; HR 0,26; IC 95% 0.09‐0.73; p<0,01), sendo a mesma similar à mortalidade câncer específica observada entre pacientes com doença de risco intermediário (2,2% vs. 2,2%; HR 0,90; IC 95%, 0,32-2,54; p= 0,84). Na falta de marcadores moleculares e/ou genéticos que nos permitam individualizar o tratamento de maneira mais eficaz, a estratificação dos pacientes com doença de alto risco em subgrupos favoráveis parece ser útil.

Estudos futuros poderão demonstrar se os subgrupos de pacientes com doença de alto risco favorável poderão se beneficiar de redução da intensidade do tratamento adjuvante, uma vez que seu comportamento evolutivo no estudo PLCO foi similar ao de pacientes com doença de risco intermediário.

Referência: Butler, S. S., Dee, E. C., Lamba, N., Sha, S. T., Mahal, B. A., Whitbeck, A., … Muralidhar, V. (2020). Validation of a subclassification for high‐risk prostate cancer in a prospective cohort. Cancer. doi:10.1002/cncr.32778


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